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Alemanha reafirma acolhimento de migrantes desde que Itália continue recebendo migrantes salvos no mar

Navio com 234 migrantes salvos no mar foi impedido de desembarcar na Itália e precisou viajar até a França

O governo da Alemanha afirmou nesta sexta-feira, 11, que vai continuar respeitando o mecanismo da União Europeia para redistribuição de solicitantes de refúgio, mas apenas enquanto a Itália mantiver o compromisso de acolher migrantes socorridos no mar. Navio Ocean Viking desembarca 230 migrantes, dos 234 resgatados no Mediterrâneo, na França nesta sexta-feira, 11, após dias de impasse na Itália.

“Continuaremos a nos ater ao mecanismo de solidariedade com os países que permitem a chegada de migrantes socorridos no mar. Isso vale expressamente para a Itália, que permitiu o desembarque de três navios”, disse à ANSA um porta-voz do Ministério do Interior alemão. Após restrições nos desembarques dos navios Humanity 1, Geo Barents, e Rise Above, todos os migrantes a bordo receberam permissão de desembarcar entre domingo, 6, e terça-feira, 8.

Após dias sem respostas a pedidos de desembarque na Itália, o navio humanitário Ocean Viking, da ONG SOS Mediterrâneo, precisou navegar cerca de mil quilômetros até Toulon, na França, onde foi autorizada a desembarcar os 230 migrantes a bordo nesta sexta-feira. Na quinta-feira, 10, quatro migrantes com necessidades urgentes de tratamento médico foram evacuados de helicóptero.

O governo alemão afirmou que o país seguirá com o apoio enquanto “a Itália mantiver a responsabilidade no acolhimento de migrantes salvos no mar”. Das 234 pessoas resgatadas pelo Ocean Viking, cerca de 80 serão realocadas em cidades alemãs.

A situação do Ocean Viking gerou uma crise diplomática entre Itália e França, que pede que outros países deixem de ajudar com a redistribuição de migrantes chegados às costas italianas. “A França lamenta muito profundamente que a Itália tenha feito a escolha de não se considerar como um Estado europeu rensponsável”, afirmou o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, em pronunciamento na quinta-feira, 10.

Atualmente, a Itália é a principal beneficiária do mecanismo de redistribuição, que está em vigor desde 2015, enquanto a Alemanha é a maior contribuinte. Por conta do caso Ocean Viking, a França suspendeu um acordo para acolher 3,5 mil solicitantes de refúgio que estão hoje em solo italiano e pediu para Berlim fazer o mesmo, mas não foi atendida.

De acordo com dados do Ministério do Interior da Itália, pelo menos 89,8 mil migrantes forçados chegaram ao país pelo Mediterrâneo em 2022. Grande parte dessas pessoas, no entanto, segue viagem rumo a outros países, como a Alemanha, que tem cerca de 238,7 mil solicitações de refúgio, e a França, que tem 134,4 mil, segundo o gabinete de estatísticas da EU. A Itália concentra cerca de 61,8 mil solicitações.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), pelo menos 1,747 migrantes morreram enquanto tentavam cruzar o Mediterrâneo em direção a Europa desde o início de 2022. O número, no entanto, pode ser muito maior, devido a naufrágios em que o barco e seus tripulantes desaparecem sem uma operação de busca e salvamento em andamento.

Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual

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