Pelo menos 1.700 migrantes morreram ou desapareceram na rota das Ilhas Canárias em 2022
Pelo menos 2 migrantes morreram e outros 34 estão desaparecidos após o naufrágio de um barco de borracha na região das Ilhas Canárias na quarta-feira, 21. De acordo com a Guarda Costeira espanhola, 24 pessoas foram resgatadas com vida.
O Provedor de Justiça abriu uma investigação sobre o naufrágio da embarcação, na qual solicita informações sobre as medidas de coordenação tomadas a este respeito e as ações realizadas durante a operação de salvamento do barco, no qual viajavam cerca de 60 pessoas.
A operação de busca e salvamento foi assumida por Marrocos, mas só foi realizada 10 horas após a localização da embarcação, mesmo que a Espanha tivesse um navio de salvamento marítimo operando a uma hora de distância do local onde aconteceu o naufrágio.
De acordo com Helena Malino Garzon, da ONG Caminando Fronteras, pelo menos 39 pessoas se afogaram, incluindo quatro mulheres e uma criança. “É uma tortura para 60 pessoas, incluindo seis mulheres e uma criança, esperar mais de 12 horas pelo resgate em um barco inflável frágil que pode afundar”, disse em uma publicação no Twitter.
O naufrágio nas Ilhas Canárias acontece após outro barco com pelo menos 600 imigrantes afundar próximo à costa da Grécia no último dia 14. Do total de pessoas a bordo, apenas 104 foram resgatadas com vida e 80 corpos foram encontrados.
De acordo com a Caminando Fronteras, em 2022 pelo menos 1.784 migrantes morreram ou desapareceram na rota entre a África e as Ilhas Canárias. No ano passado, 15.682 pessoas chegaram pelo mar ao arquipélago, segundo dados do governo espanhol.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação