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OIM pede estratégia regional a governos da América Central e México devido a grande fluxo de migrantes

Desde janeiro, mais de 390 mil migrantes já cruzaram a selva de Darién a caminho dos Estados Unidos

Na quarta-feira, 27, a Organização Internacional para as Migrações (OIM), divulgou um comunicado no qual pede aos governos da América Central e México para que colaborem no enfrentamento das necessidades humanitárias dos migrantes, devido ao aumento sem precedentes nos números de pessoas transitando pela região.

De acordo com o Serviço Nacional de Migração do Panamá, mais de 390 mil migrantes já haviam cruzado a selva de Darién, uma das rotas migratórias mais perigosas do mundo e utilizada por migrantes que tentam chegar aos Estados Unidos. Desse total, 82 mil pessoas atravessaram a selva apenas em agosto, o maior número mensal já registrado, sendo maioria da Venezuela, Equador e Haiti.

“A situação destaca a urgente necessidade do envolvimento coletivo imediato dos governos dos países de origem, trânsito e destino para fornecer assistência humanitária, especialmente a grupos vulneráveis como mulheres e crianças”, declarou a diretora regional da OIM para a América Central, América do Norte e o Caribe, Michele Klein Solomon.

De acordo com a OIM, migrantes cubanos e de países africanos têm mudado sua rota migratória habitual, optando por viagens aéreas para chegar à países da América Central e evitando cruzar o Darién. Entre janeiro e julho, apenas 4.100 migrantes africanos e 524 cubanos cruzaram o Darién. Ao mesmo tempo, Honduras registrou em sua fronteira sul a chegada de 19.412 africanos e de 17.517 cubanos.

A agência da ONU destaca, ainda, que os migrantes em trânsito pela América Central e México enfrentam diversos desafios, em especial aqueles que cruzam o Darién, onde muitos ficam feridos, e são, em muitos casos, abandonados, arrastados por inundações repentinas de rios e vulneráveis a assaltos, violência e abuso sexual.

Fronteira EUA-México é a mais mortal para migrantes
Recentemente, a OIM divulgou em comunicado que 686 migrantes morreram ou desapareceram ao tentar cruzar a fronteira entre Estados Unidos e México em 2022, o que a torna a fronteira terrestre mais mortal para migrantes. Em toda a América, foram registradas 1.457 mortes e desaparecimentos de migrantes no ano passado.

Em 2023, pelo menos 344 migrantes já morreram ou desapareceram ao tentar cruzar a fronteira entre EUA e México, segundo o projeto Missing Migrants da OIM. Desde 2014, quando os dados começaram a ser contabilizados, pelo menos 4.683 mortes ou desaparecimentos já foram registrados na região.

Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação

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