Igreja da Nicarágua sofre com perseguições do governo do país
Nas últimas semanas, o governo da Nicarágua prendeu três sacerdotes, além de manter confinado na cúria diocesana de Matagalpa dom Rolando Álvarez, bispo da citada diocese. Em carta encaminhada na segunda-feira, 15, ao bispo de Jinotega e presidente da Conferência Episcopal de Nicarágua, dom Carlos Enrique Herrera Gutiérrez, a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) demonstrou apoio e união à Igreja no país.
“Sentimo-nos profundamente unidos aos irmãos bispos e a todo o povo nicaraguense”, afirma a Presidência da CNBB na carta. “Clamamos ao Bom Deus para que a paz e a justiça sejam alcançadas”, pedem os bispos brasileiros diante “dos acontecimentos que têm marcado a vida da Igreja na Nicarágua”.
Recentemente, o governo da Nicarágua fechou oito emissoras de rádio ligadas à Igreja e expulsou do país as religiosas Missionárias da Caridade de Santa Teresa. Há, ainda, relatos de agressões e destruição de imagens e símbolos religiosos católicos. Além da CNBB, o Conselho Episcopal Latino Americano (Celam) e outras conferências episcopais do continente manifestaram solidariedade à Igreja e ao povo da Nicarágua, com preces pela paz.
Na última sexta-feira, 12, o governo nicaraguense proibiu a realização da tradicional procissão da Virgem de Fátima na Arquidiocese de Manágua, que foi realizada dentro da catedral. No domingo, 14, o padre Óscar Benavídez, pároco da Igreja do Espírito Santo no município de Mulukukú, foi preso após celebrar uma missa, de acordo com um comunicado da Diocese de Siuna.
O bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez, continua sendo mantido confinado na cúria diocesana, junto a cinco sacerdotes, três seminaristas e dois leigos, desde o dia 5 de agosto, quando foram impedidos de sair para celebrar uma missa.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual