Desde o início do ano mais de 11.500 migrantes já chegaram às Ilhas Canárias pelo mar
De acordo com o serviço de Salvamento Marítimo da Espanha, 193 pessoas de origem subsaariana chegaram às Ilhas Canárias entre os dias 20 e 21 de setembro em um período de cerca de 14 horas, nas ilhas de Lanzarote, Fuerteventura e Gran Canaria. Pelo menos um barco chegou à costa sem necessidade de ajuda das autoridades.
No total, foram resgatados quatro grupos de migrantes, que estavam em três botes de borracha e um barco de madeira, e eram compostos por 161 homens, 24 mulheres e 8 menores, incluindo um bebê, de acordo com o Salvamento Marítimo.
O primeiro barco, segundo o site Canarias7, levava 48 migrantes e chegou sem ajuda na praia de La Senora, em Fuerteventura, por volta das 19h da terça-feira, 20. No total, estavam no barco 34 homens, 12 mulheres e dois menores de idade, incluindo um bebê.
A segunda embarcação, um bote de borracha, tinha a bordo 58 pessoas, sendo 53 homens e 5 mulheres. Todos foram desembarcados pouco após a primeira embarcação, por um navio do Salvamento Marítimo, em Puerto del Rosario, em Fuerteventura.
O terceiro barco, também um bote de borracha, levava outras 58 pessoas, sendo 46 homens, 6 mulheres e 6 menores, foi avistado por um avião do Salvamento Marítimo perto de Lanzarote. Eles foram desembarcados durante a madrugada de quarta-feira, 21, em Arrecife, capital de Lanzarote.
O quarto e último grupo de migrantes era composto por 29 pessoas, sendo 28 homens e uma mulher, e chegou a Gran Canaria às 9h do dia 21, desembarcado por um navio do Salvamento Marítimo, após serem localizados por um helicóptero durante a madrugada.
De acordo com dados do ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados, mais de 11.500 migrantes já chegaram pelo mar ao arquipélago das Ilhas Canárias em 2022. No ano passado, 22.316 migrantes chegaram ao arquipélago pelo mar.
Até o momento, 349 migrantes já morreram ou desapareceram ao tentar cruzar o Atlântico até a Espanha, segundo a OIM, a Agência de Migração da ONU, que admite que o número pode ser muito maior.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual