Região é afetada por ataques terroristas e por problemas climáticos
De acordo com dados divulgados pelo ACNUR, Agência da ONU para os Refugiados, na sexta-feira, 15, o número de deslocados na região africana do Sahel é de quase 5 milhões de pessoas. Segundo a agência, este número deve aumentar por causa de ataques terroristas e de conflitos comunitários, situação agravada pelo aquecimento global.
De acordo com Filippo Grandi, Alto-Comissário do ACNUR, o país mais afetado neste momento pela crise humanitária é o Burkina Faso. Grandi esteve em vários campos de refugiados do Chade na última semana, que acolhem mais de um milhão pessoas obrigadas a fugir de suas casas.
Segundo comunicado do ACNUR, em junho “a região do Sahel já enfrentava uma grave crise humanitária prolongada, que obrigou 4.820.871 pessoas a fugir de suas casas”. De acordo com Grandi, há dois anos foram registrados 500.000 deslocados no Mali e Burkina Faso. Segundo ele, a crise “deve-se à ação de grupos armados que aterrorizam as populações, esvaziam aldeias e empurram as pessoas para as grandes cidades.”
Segundo o diplomata, a emergência climática também afeta as populações, que migram em busca de recursos e para fugir da violência causada por conflitos por água e locais de pasto e cultivo.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual