O Jubileu de celebração dos 125 anos de história, de vida e doação da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, Scalabrinianas, nos faz olhar o passado com gratidão por tudo o que nossas irmãs viveram e construíram no mundo das migrações, viver o presente com dedicação à missão e fidelidade à vocação que fomos chamadas e a ver o futuro com esperança em um mundo sem fronteiras para que todos os migrantes possam viver nele com dignidade e justiça.
A palavra jubileu vem do termo hebraico yôbel, cujo significado é “chifre” de carneiro, soado como trombeta (shofar) para anunciar o grande julgamento de Deus, que visa a restauração da justiça, da liberdade e da convivência familiar. O som que se eleva aos céus é o grande grito de alegria dos que experimentaram a ação do Senhor em suas vidas.
O jubileu é, então, um convite à exultação, à alegria, à gratidão a Deus pelo dom da vida e da liberdade; é um apelo a reconhecer que tudo o que temos, fazemos e somos provém d’Ele; é dar graças a Deus que se pode plantar e colher, construir, edificar, se expandir e crescer. Tudo é fruto de sua graça operante em nossa vida e na história.
As Sagradas Escrituras fazem, ainda, diversas referências ao sábado e ao ano sabático, como um tempo de repouso para a família, os funcionários e os animais (Ex 23 e Dt 15); para restabelecer a justiça social, minimizar as desigualdades e promover a solidariedade para com os mais vulneráveis da sociedade (Dt 15,4).
A celebração do Jubileu tem, também, uma perspectiva ecológica, privilegiando o respeito pelo ciclo da natureza, o cuidado com a casa comum, pois é necessário que a terra descanse e se refaça, a fim de que ela não se esgote: “Será um ano de descanso sabático para a terra” (Lv 25,5).
O jubileu era celebrado por três anos, como um período de muita confiança em Deus, em espírito de gratidão, encontro, retorno, perdão, reconciliação para o povo da terra e para os migrantes, aqueles que retornam do exílio. A nós cabe, portanto, de tempos em tempos, reservar um tempo exclusivo para podermos tomar consciência do quanto o Senhor tem sido propício e assim expressar-lhe nossa gratidão, reconhecimento, exultação e confiança.
Ao celebrar o jubileu dos 125 anos de nossa Congregação, somos convidadas a dedicar tempo para reler nosso passado com gratidão a Deus, o qual se manifesta sempre fiel para conosco e para com os migrantes. Certamente temos muitos motivos para exultarmos de alegria e gratidão. É tempo de nos encontrarmos como irmãos, perdoar e reconciliar nosso passado e projetar um futuro com esperança e muito ânimo: “Porque a terra é minha. De fato, vós sois imigrantes e residentes forasteiros junto a mim” (Lv 25,23).
A celebração do Jubileu dos 125 anos de nossa Congregação é um convite a dedicar tempo para reler nosso passado com gratidão a Deus, o qual se manifesta sempre fiel para conosco e para com os migrantes. Certamente temos muitos motivos para exultarmos de alegria e gratidão. É tempo de nos encontrarmos como irmãos, perdoar e reconciliar nosso passado e projetar um futuro com esperança e muito ânimo.
Scalabrini sempre considerou indispensável a presença de uma congregação feminina para complementar o seu projeto sócio-pastoral. Afirmava: “A obra dos sacerdotes não seria completa sem a vossa ajuda, oh queridas irmãs… Confio, portanto, que respondereis à graça de Deus que vos chama a uma terra longínqua para uma sublime missão”. Assim, o primeiro grupo de Irmãs foi reunido por Pe. José Marchetti, formado por sua mãe Carolina, sua irmã Assunta, Ângela Larini e Maria Franceschini. No dia 25 de outubro de 1895, em Piacenza, ocorreu o ato de fundação da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo – Scalabrinianas.
Na despedida, Scalabrini disse às quatro pioneiras:
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