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INSTITUCIONAL

Animação Vocacional

Para responder aos apelos da Igreja e da própria Congregação de motivar e sensibilizar os jovens no compromisso de sua missão na Igreja e com o carisma scalabriniano, a animação vocacional tem o objetivo de dinamizar, junto às juventudes, espaços de encontro com a pessoa de Jesus Cristo Peregrino, a partir da cultura vocacional missionária, sensibilizando para a realidade migratória e a construção do projeto de vida.

Dispondo-se a estar próximas das realidades juvenis para ser fiéis ao carisma fundacional, as Irmãs Scalabrinianas da província Maria, Mãe dos Migrantes, percebem a necessidade de um olhar especial para os jovens, reconhecendo neles marcas que a pós-modernidade tem trazido, em especial, às gerações digitais. 

VOCACIONAL

Cultura Vocacional Missionária

Quando se fala de vocação, não podemos deixar de falar da existência e da responsabilidade que temos em cuidar da vida. Ao falar de cultura, nos referimos às atitudes, a uma realidade concreta, a valores, a algo profundamente enraizado, vivido e ligado à vida cotidiana. Quando nos referimos a uma cultura vocacional, entendemos o ambiente favorável para o desabrochar de uma vocação, de experiências e valores incorporados de tal modo que se tornem atitudes e, partilhados, se tornem um estilo de vida.

Assim, fica entendido que a cultura vocacional está intimamente ligada à dimensão comunitária e busca compreender o mistério de Deus que chama e atua no ser humano, nos migrantes mais pobres e necessitados (Mt 25,35). 

Neste sentido, por amor à Congregação e a Deus, todas as Irmãs são chamadas a promover o crescimento da mesma, comprometendo-se com o nascer de novas vocações através do próprio apostolado e de uma maior inserção dos jovens. 

Valores Scalabrinianos na Animação Vocacional

Comprometidas com nossa consagração, nos inspiramos em valores scalabrinianos essenciais no caminho da animação vocacional, que caracterizam nossa espiritualidade e missão na Igreja:

  • – atitude da acolhida, que nos faz superar toda forma de preconceito e indiferença;
  • – espírito de universalidade, que ultrapassa as fronteiras, criando novas relações entre pessoas, povos e crenças;
  • – a encarnação na história, presença viva nos caminhos e na vida dos migrantes;
  • – a itinerância e a provisoriedade, assumindo o êxodo como realidade vital;
  • – a comunhão nas diferenças, como dinâmica de relações fraternas, de solidariedade e de serviço;
  • – inserção numa igreja peregrina e pobre, tendo Maria como predecessora, como símbolo do povo fiel e peregrinante;
  • – a esperança que aponta para o futuro mediante a transformação do presente. 

Caminho Vocacional

É missão da animadora vocacional despertar as vocações para a Igreja e acompanhá-las em seu processo de discernimento e cultivo do dom da vocação. Sendo a vocação um chamado divino do Espírito Santo, não cabe a nós estabelecer parâmetros para a iniciativa de Deus. A nós, cabe a tarefa de oferecer um caminho educativo-vocacional para que as juventudes possam se encontrar no processo de discernimento. 

Por essa razão, escolhemos um caminho a percorrer, a partir de um itinerário dividido, pedagogicamente, em quatro etapas distintas: despertar, discernir, cultivar e acompanhar. Estas etapas irão auxiliar as jovens na vivência eclesial, em momentos de espiritualidade, nas vivências comunitárias, em experiência de missão e contato com outras culturas, na reflexão e amadurecimento do acompanhamento e discernimento vocacional. 

No Itinerário Vocacional das Irmãs Missionárias Scalabrinianas, as etapas de acompanhamento vocacional, são denominadas “Estações”. Este nome carrega em si um significado afetivo para a congregação que remete diretamente à “Estação de Milão”, raiz das origens scalabrinianas, lugar do encontro do fundador com os migrantes que partiam e a inspiração primeira de nossa missão. Também, nos faz pensar na “Estação” como lugar de encontro, movimento, viagem, itinerância, migração e, ao mesmo tempo, parada e reflexão para decidir sobre a direção que se quer seguir. 

São quatro as Estações do Itinerário Vocacional:
Raiz, Tenda, Caminho e Travessia.

Estação Raiz

A ‘Estação Raiz’ é caracterizada pelo surgimento da vocação, em um paralelo com a natureza. As plantas, para crescerem, começam colocando suas raízes na terra. Dependendo de como encontrarem o terreno, as raízes serão profundas e fortes, rasas ou fracas, e delas vai depender o crescimento das plantas. Da mesma forma, a pessoa humana tem suas raízes na família, núcleo vital para todos, estendendo-se depois para a sociedade em que vive. Nesta realidade, a vocação quando encontra um terreno fértil, vai criando raízes, crescendo e se fortalecendo. 

Nessa primeira etapa, do “despertar”, três dimensões são trabalhadas: as dimensões humana, cristã e eclesial da vocação. Nesta fase, é essencial aproximar-se dos jovens pelo diálogo, acolhimento e testemunho; conviver com as juventudes escutando e rezando juntos; conhecer o contexto social e eclesial dos jovens e de suas famílias; procurar conhecer ao máximo a história pessoal dos jovens, especialmente o caminho de fé percorrido: conflitos e forma de resolvê-los, motivações, alegrias, angústias e esperanças que marcam sua vida.

Estação Tenda

A ‘Estação Tenda’ é caracterizada pelo significado que a tenda tem a todos os peregrinos cansados da viagem. Sua estrutura é leve, simples e de fácil montagem. É um espaço onde os peregrinos renovam suas forças e energias para continuarem a caminhada, é lugar de repouso e de refúgio. Por outro lado, a tenda é o lugar do encontro de Abraão e Sara com Deus. É o lugar da promessa dos grandes projetos e da vida nova que acontece. Na dimensão vocacional, Deus se revela na simplicidade do cotidiano, fazendo-se necessário escutar e descobrir os caminhos que Ele prepara para cada jovem. 

Após o “despertar”, inicia-se o processo de “discernimento”. Esta etapa contempla a importância de perceber os sinais vocacionais como verdadeiro chamado da Trindade. Nesta etapa, é importante para a animação vocacional fazer acontecer a pedagogia de Jesus que se aproxima dos jovens, conhece sua realidade, escuta suas histórias, questiona as motivações e caminha com eles. 

Estação Caminho

A ‘Estação Caminho’ nos recorda de que, depois de recuperar as forças na tenda, é hora de caminhar. O caminho sempre nos leva a algum lugar, independentemente se sabemos ou não o seu destino. O caminho pode ser conhecido, seguro, belo, movimentado. Mas pode ser também totalmente desconhecido, perigoso, isolado, cheio de empecilhos. O importante é fazê-lo e, se for realizado na companhia de pessoas, melhor será o percurso. Na dimensão vocacional, é o momento de aprofundar o processo vocacional realizado, independentemente de como ele aconteceu. É neste caminho que Deus chama e confere uma missão à vocacionada. 

Na etapa do “cultivar”, a jovem confirma sua vocação e aprofunda os sinais do chamado de Deus. Este é um processo importante no itinerário, uma vez que supera o imediatismo que muitas vezes caracteriza o processo vocacional, perdendo o sentido eclesial da vocação.  A etapa do “cultivar” é um tempo privilegiado para conhecer e saber as riquezas de todas as vocações específicas da Igreja, pois, certamente, a jovem vocacionada já tem em mente e no coração o que deseja. É necessário fazer o caminho do confronto, da consciência e da clareza do que ela quer para sua vida. 

Estação Travessia

A “Estação Travessia” nos lembra das grandes travessias que marcaram a história da Congregação. A travessia do oceano Atlântico realizada por milhares de migrantes que, partindo da estação de Milão, Itália, sonhavam em chegar às Américas para reconstruírem suas vidas. A travessia do oceano realizada por D. João Batista Scalabrini, nas visitas aos migrantes e aos seus missionários e missionárias nas Américas. A travessia realizada por Pe. José Marchetti, quando sentiu a dura realidade dos imigrantes italianos que migravam para as Américas. A travessia realizada por Madre Assunta Marchetti e nossas primeiras Irmãs, rumo ao desconhecido, tendo somente a certeza da presença de Deus e da missão que as esperava. A travessia de milhões de migrantes e refugiados atualmente, que arriscam a própria vida nos desertos e fronteiras, em busca de uma vida melhor. Por fim, a travessia das jovens que buscam responder a um chamado divino, também incerto, mas ainda assim se colocam a caminho confiantes na presença de Deus e da missão junto aos migrantes e refugiados que as esperam.

A etapa do “acompanhar” não é exclusiva para um determinado período, mas sim, deve perpassar todas as etapas do itinerário, ajudando as jovens a fazerem uma opção vocacional consciente e livre, como resposta ao chamado de Deus. Este processo vai acontecendo aos poucos e a opção vai amadurecendo em seu tempo. Nenhuma vocacionada inicia o seu itinerário já sabendo o que quer, e se isso acontece é importante fazer um caminho de busca das motivações pessoais. Isto significa paciência, calma, espera, firmeza e coragem da parte de quem acompanha. 

Durante todo o processo vocacional, o acompanhamento contínuo apresenta muitos desafios para a construção do Itinerário Vocacional. Dentre eles, são essenciais não deixar vencer a ânsia de ver logo a jovem onde deseja, gerando superficialidade no processo; manter o equilíbrio entre conteúdo e vivência; promover todas as vocações na Igreja e para a Igreja, para não tomarmos atitudes interesseiras e egoístas chegando, muitas vezes, a fazer pouco caso das demais. É desta forma que vamos acompanhando as juventudes no processo de discernimento vocacional e, acima de tudo, na construção do seu projeto de vida, orientando-os para uma resposta vocacional concreta ao mundo de hoje. 

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