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10º Aniversário de beatificação de Assunta Marchetti

No dia 25 de outubro de 2024, as Irmãs Scalabrinianas celebram o 10º aniversário da beatificação da cofundadora Madre Assunta Marchetti.

Biografia

Assunta nasceu em Lombrici, de Camaiore, Itália, no dia 15 de agosto de 1871. Era a terceira dos 11 filhos do casal. Por ser uma das filhas mais velhas, teve a responsabilidade dos trabalhos mais pesados da casa e o cuidado dos irmãos menores. Sempre sonhou em ser Irmã Clarissa Contemplativa, mas com a partida de seu irmão mais velho José Marchetti ao seminário, precisava ajudar no sustento da família.

Eram os anos da grande imigração italiana para as Américas. Seu irmão Pe. José, impulsionado pela pregação do Bispo João Batista Scalabrini sobre a migração, embarcou para o Brasil em outubro de 1894, a fim de trabalhar com os migrantes italianos, em São Paulo. Foi nesta época que Assunta aceitou o pedido do Pe. José para trabalhar com os migrantes italianos no Brasil. Este foi um ‘sim’ que mudou e marcou toda sua vida: a opção pela vida missionária além-fronteiras.

Em outubro de 1895, Assunta, juntamente com sua mãe Carolina e mais duas jovens, chegaram ao Brasil dedicando-se ao cuidado dos órfãos, doentes e migrantes em situação de pobreza. Com este pequeno grupo de mulheres, a Congregação iniciou sua missão que, aos poucos, começou a crescer com as novas vocações e aberturas missionárias em regiões de migração italiana, como o sudeste e sul do Brasil.

Madre Assunta soube enfrentar as dificuldades na simplicidade, sempre decidida a proteger os órfãos. À noite, atendia a todos os que batiam à porta do pequeno ambulatório instalado no orfanato de Vila Prudente – SP.

Nos hospitais, os doentes sempre a queriam por perto para curar suas feridas e escutar seus conselhos. Sabia ouvir, partilhar, valorizar. Com a mesma solicitude com que se dirigia à capela para rezar, dirigia-se aos pobres para ajudá-los, pois dizia que o Cristo presente na Eucaristia era o mesmo presente nos sofredores.

Com sua vida, ela fez a diferença na história de muitas pessoas marcadas pelas feridas da migração. Dizia: “Amando a Deus sobre todas as coisas é possível doar-se incondicionalmente ao irmão”. As atitudes de colocar os outros sempre em primeiro lugar e as virtudes da acolhida e do cuidado com a vida sofrida dos migrantes, deram-lhe o título de “Mãe dos Órfãos”.

Em 1º de julho de 1948, após 53 anos de vida missionária, Madre Assunta veio a falecer, com o mesmo espírito que a fez viver: tranquila, calma e serena no meio dos seus orfãozinhos. Foi ela quem manteve viva a expressão feminina ao Carisma Scalabriniano, solidificando a Congregação como “Missionárias com os Migrantes”.

Atualmente, ruas, capitéis e escolas ganham seu nome, especialmente nos lugares do Brasil onde exerceu intensos e fecundos trabalhos, dedicando-se às famílias migrantes que ali viviam, necessitadas e desprovidas de toda e qualquer assistência. Como frutos de uma vida dedicada ao próximo, é considerada pela Igreja como Bem-aventurada Assunta Marchetti e seu processo de canonização está ganhando abertura e força na Igreja, pelas inúmeras histórias de pessoas que testemunham que, pela sua intercessão, conseguiram graças em suas vidas.

10 anos de Beatificação

Para a Congregação, que a reconhece como cofundadora, a beatificação não é apenas uma lembrança. É, antes de tudo, um convite a seguir seus passos. Madre Assunta é exemplo de vida a ser contemplado, permeando o futuro com esperança.

Ela viveu na humildade e simplicidade sua consagração e missão, no serviço generoso aos migrantes, aos órfãos e aos enfermos. Soube como aliviar o sofrimento do próximo, oferecer alento a todos quantos se encontravam em necessidade, numa atitude confiante de caridade e amor para com todos. Viveu sua fé de forma coerente e vibrante, trilhando um caminho de santidade.

Para as Scalabrinianas, ela foi um modelo de missionária, deixando um legado profundo de autêntica fidelidade ao carisma scalabriniano de um jeito feminino de ser, especialmente entre os migrantes, órfãos e doentes.

O Papa Francisco, no dia em que a Igreja a reconhecia como testemunha exemplar de vida cristã, lembrava que ela foi modelo de humildade, caridade e zelo apostólico entre os migrantes mais pobres e da sociedade em geral, com uma particular atenção para com as crianças que ficaram sem seus pais. Por isso foi reconhecida como “Mãe dos órfãos” e chamada de Bem-aventurada.

Celebrando os 10 anos da beatificação de Madre Assunta e com o coração repleto de gratidão a Deus, queremos dizer: “Sorri-nos uma grande esperança”! (Madre Assunta).