Em sua primeira década de pontificado Francisco demonstrou por diversas vezes seu apoio e cuidado a migrantes e refugiados de todo o mundo
Nessa segunda-feira, 13, celebram-se 10 anos de pontificado do Papa Francisco. Nessa década, marcada por seu cuidado com os pobres, Francisco também foi voz ativa para a proteção, proteção, promoção e integração dos migrantes e refugiados.
Na primeira visita após sua eleição, realizada em 8 de junho de 2013, Francisco foi a Lampedusa, ilha italiana onde anualmente chegam milhares de migrantes que cruzam o Mediterrâneo e onde, à época da visita, havia acontecido o naufrágio de um barco de migrantes.
“Emigrantes mortos no mar; barcos que em vez de ser uma rota de esperança, foram uma rota de morte. Assim recitava o título dos jornais. Desde há algumas semanas, quando tive conhecimento desta notícia (que infelizmente se vai repetindo tantas vezes), o caso volta-me continuamente ao pensamento como um espinho no coração que faz doer”, disse Francisco na Homilia da Santa Missa celebrada em Lampedusa pelas vítimas dos naufrágios.
Em abril de 2016, Francisco visitou o campo de refugiados de Lesbos, na Grécia, país onde, no ano anterior, haviam chegado 1.032,408 migrantes pelo Mar Mediterrâneo e falecido outros 3.771, principalmente em naufrágios. Ao retornar da visita, o Papa acolheu no voo papal 12 refugiados, para que fossem acolhidos em Roma.
Em 29 de setembro de 2019, na celebração do 105º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, o Papa Francisco inaugurou na Praça São Pedro o monumento “Angels Unwares”, que retrata migrantes e refugiados de diversas culturas e períodos históricos, com o objetivos de recordar o desafio evangélico de acolhida.
A atenção do Papa Francisco aos migrantes e refugiados é parte, também, de sua atenção às periferias, sejam elas geográficas ou existenciais, com especial enfoque nos pobres. Seu cuidado especial aos migrantes é parte da luta constante contra a “cultura do descarte”, amplamente criticada pelo Pontífice nos últimos 10 anos.
De suas 40 Viagens Apostólicas, em quase todas Francisco tinha metas periféricas, que podem ser vistas nos seus diversos encontros com migrantes e refugiados, por exemplo, na Grécia e no Sudão do Sul, em sua viagem mais recente, que englobou também a República Democrática do Congo.
Nestes dez anos, Francisco se mostrou como o Papa do diálogo: entre culturas, povos e religiões, para quem fraternidade é uma palavra chave que deve ser vivida diariamente.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação