A violência em Cabo Delgado, Moçambique, já fezcerca de 1 milhão de deslocados, muitos dos quais fugiram para a província do Niassa
De acordo com informações do portal VOA, cerca de 1.400 pessoas que estão refugiadas no distrito de Nipepe, no Niassa, em Moçambique, passam fome e precisam de ajuda de emergência. Os refugiados fugiram de ataques armados de grupos rebeldes no distrito de Namuno, na província de Cabo Delgado, Moçambique, no final de outubro.
Pelo menos 284 famílias de deslocados estão refugiadas no distrito de Nipepe, depois de fugir de Namuno, no ataque que matou o líder local e sua esposa, incidente que provocou pânico em várias aldeias, segundo o VOA. “Falta-nos tudo. Uma pessoa desmaiou no domingo, 20, porque não tinha comida”, disse ao VOA Faruk Abibo, um deslocado, afirmando que as autoridades governamentais estavam a preparar uma intervenção.
Na noite de quinta-feira, 17, em um novo ataque à aldeia Nguida, forçou a fuga da população que ainda resistia no cenário de insegurança. O incidente, de acordo com o VOA, forçou também o abandono por parte das Forças de Defesa e Segurança da única posição militar na aldeia após “forte confronto”, tendo os canais de propaganda do Estado Islâmico, que reivindicou o ataque, informado que cinco militares morreram e outros ficaram feridos no ataque.
A província de Cabo Delgado sofre desde outubro de 2017 com conflitos armados promovidos por um grupo rebelde, tendo alguns dos ataques sido reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a violência já provocou cerca de 1 milhão de deslocados e cerca de 4.000 mortes.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual, com informações de voaportugues.com