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Webinar celebra o Dia Mundial do Migrante e Refugiado com o tema: “Caminhar Juntos – Migrantes e Refugiados, Missionários de Esperança”

Nesta quinta-feira, 9, a SACBC (Conferência dos Bispos Católicos da África Austral), CEMIRDE (Comissão Episcopal para Migrantes, Refugiados e Deslocados de Moçambique), CEPAMI (Comissão Episcopal Pastoral para Migrantes e Itinerantes de Angola) e IMBISA (Associação Inter-Regional dos Bispos da África Austral) realizaram um importante webinar em celebração ao Dia Mundial do Migrante e Refugiado. O evento teve como tema inspirador: “Caminhar Juntos – Migrantes e Refugiados, Missionários de Esperança”, em consonância com o apelo do Papa para este ano.

O encontro virtual reuniu um número expressivo de participantes de diversas partes do continente africano e além, incluindo líderes e representantes de organizações da sociedade civil, religiosas e religiosos, bispos, sacerdotes, leigos e Irmãs Scalabrinianas atuando em diferentes continentes. O ambiente online foi, de fato, um verdadeiro espaço de comunhão, escuta e compromisso pastoral.

A reflexão de abertura foi conduzida pela Irmã Neide Lamperti, Missionária Scalabriniana, representando a SACBC. Com palavras sensíveis e proféticas recordou o papel fundamental da Igreja em acompanhar os migrantes e refugiados e em promover uma cultura de acolhida vivendo uma verdadeira sinodalidade.

Em seguida, a mensagem oficial da CEMIRDE de Moçambique foi apresentada pela Irmã Marines Biasibetti, Missionária Scalabriniana, que enfatizou o empenho das comunidades eclesiais locais em promover espaços seguros e solidários para migrantes e refugiados, com atenção especial à pastoral do cuidado e da integração.

A apresentação central do tema ficou a cargo do Pe. Dumisani Vilakati, Coordenador da Região África do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. Em sua profunda e iluminadora reflexão, Pe. Vilakati destacou que a celebração do Dia Mundial do Migrante e Refugiado é uma oportunidade para revisitarmos os valores essenciais da Doutrina Social da Igreja, tais como:

  • A dignidade da pessoa humana, reconhecendo que todo migrante e refugiado carrega em si um valor inalienável;
  • Os direitos e deveres de cada ser humano, que vão além das fronteiras nacionais;
  • A opção preferencial pelos pobres e vulneráveis, chamando a Igreja a uma escuta atenta e compassiva;
  • A solidariedade, que nos recorda que somos todos parte da mesma família humana;
  • E o princípio do bem comum, que exige partilha, acolhimento e justiça.

Pe. Vilakati também recuperou exemplos bíblicos poderosos, como a figura de Abraão, o migrante, e destacou como a Sagrada Escritura nos convida a reconhecer a presença de Deus na hospitalidade e no estrangeiro. Citando o Papa Francisco e o Papa Leão XIV, o sacerdote recordou que os migrantes e refugiados são verdadeiros missionários de esperança, pois levam consigo uma fé viva e o testemunho da resiliência, desafiando comunidades a se abrirem ao outro com compaixão e compromisso.

Ao final da apresentação, os participantes tiveram a oportunidade de fazer intervenções, partilhas e reflexões, enriquecendo o debate com experiências locais e propostas concretas para uma pastoral cada vez mais próxima dos migrantes e refugiados. Representantes de alguns países destacaram ações pastorais em curso e os desafios enfrentados em seus contextos.

A mensagem de encerramento foi confiada ao Sr. Cristóvão José, representante da CEPAMI de Angola, que, com palavras de gratidão e esperança, encorajou todos a continuarem o caminho conjunto, promovendo redes de acolhimento e inclusão à luz do Evangelho.

A bênção final foi dada por Dom José Marie Kizito, bispo referencial da SACBC para a Pastoral dos Migrantes e Refugiados. Em sua oração, Dom Kizito invocou a proteção divina sobre todos os agentes da pastoral migratória, pedindo que a Igreja permaneça firme em seu compromisso com a justiça, a solidariedade e a misericórdia.

Este webinar foi mais do que uma celebração – foi um apelo à ação pastoral concreta, uma convocação à esperança partilhada, e um testemunho vivo da beleza da comunhão na diversidade. Como disse o Papa: “Migrantes são mensageiros de esperança. E a Igreja deve ser missionária da acolhida.”

Por Ir. Neide Lamperti e Ir. Marines Biasibetti, com o Serviço de Comunicação

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