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Ataques em Nampula provocam nova onda de deslocados

Conflitos em Moçambique já geraram quase 1 milhão de deslocados internos

Após recentes ataques terroristas terem sido registados no distrito de Memba, na província de Nampula, Moçambique, moradores locais relatam aumento no número de deslocados internos. De acordo com a VOA, várias pessoas que saíram de Memba dirigem-se à cidade portuária de Nacala, Nacala A Velha, Ilha de Moçambique e à cidade capital Nampula.

O Governo, no entanto, ainda faz o levantamento das pessoas deslocadas em Nampula visando prestar a assistência alimentar. Embora as autoridades governamentais tenham garantido o reforço da segurança na região afetada, o medo de novos ataques terroristas levou pessoas a saírem e a deixarem tudo para trás. Os ataques terroristas em Moçambique, iniciados em outubro de 2017, já fizeram cerca de 800 mil deslocados, segundo a Organização Internacional das Migrações (OIM).

Residentes contaram à VOA que, no dia do ataque, após ouvirem tiros, um líder comunitário local aconselhou as famílias a fugirem para a mata. “Andamos toda a noite com crianças até o posto administrativo de Mazua e lá ouvimos que na nossa zona foram queimados a escola, o hospital, mataram uma irmã e outras pessoas”, lembra uma moradora, afirmando ainda que, depois de acompanhar os estragos causados pelos terroristas, decidiu, junto de seus filhos, deslocar-se para a cidade de Nampula, onde vivem na casa de parentes.

Outra deslocada de Memba, conta que no posto administrativo de Chiphene, a maioria das pessoas fugiu. “A nossa vila tinha muito movimento, mas hoje está calma, na nossa aldeia hoje se você chega encontra 10 pessoas porque quase todas fugiram”, afirmou, sublinhando que quando deixou a vila de Memba na última sexta-feira “a situação ainda era preocupante”.

Entretanto, o secretário de Estado de Nampula, Mety Gôndola, disse na terça-feira, 13, na cidade de Nacala-Porto, durante a realização do Conselho Coordenador do Setor de Saúde, que a situação nos distritos atacados por terroristas é relativamente estável.

“Dizemos relativamente estável porque ainda vivemos momentos de preocupação”, frisou governante, que assegurou que no distrito de Memba está acontecendo o acompanhamento dos postos administrativos de Lurio e Chiphene, enquanto do lado Etati, a zona de Cutua tem recebido atenção especial.

Nampula é a província mais recente a ser alvo de ataques terroristas em Moçambique, depois de Cabo Delgado, onde os ataques começaram em outubro de 2017, e Niassa. Em menos de uma semana, três ataques de insurgentes em Nampula deixaram seis mortos e diversas casas, escolas e um centro de saúde destruídos.

Há cerca de um ano, uma resposta militar por forças do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) atua na liberação de diversas áreas de Cabo Delgado, o que pode ter levado ao deslocamento dos ataques a outras províncias, como Nampula e Niassa.

Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual, com informações de VOA

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