O grupo é formado principalmente por migrantes da América Central e do Sul
Uma caravana com cerca de 11.000 pessoas saiu de Tapachula, no México, na segunda-feira, 6, rumo à fronteira com os Estados Unidos. O trajeto, de 3.000 km, foi iniciado sob forte chuva e já havia sido anunciado na última semana pelo organizador da caravana, Luis García Villagrán, da ONG Centro de Dignificação Humana.
O Instituto Nacional de Migração (INM) do México ainda não deu detalhes sobre o número de participantes da caravana, que já é tida como a maior da última década e, segundo o organizador, pode reunir até 15.000 pessoas. A caminhada começou no mesmo dia em que foi iniciada a Cúpula das Américas, nos EUA, sem a presença do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, que tomou a decisão após a exclusão de Nicarágua, Venezuela e Cuba da reunião.
De acordo com Villagran, a caravana é formada por pessoas de diversas nacionalidades, principalmente da América Latina, de países como Venezuela, Cuba e Nicarágua, mas também de pessoas vindas de países da África e Ásia. “Dizemos aos líderes dos países que se reúnem hoje na Cúpula das Américas que as mulheres e as crianças migrantes, as famílias migrantes, não são moeda de troca, de interesses ideológicos e políticos”, afirmou ele à AFP.
Durante o evento, que acontece até o dia 10, sexta-feira, um dos temas tratados é a migração e espera-se que Biden anuncie um plano regional de migrações. Em 2021, foram detidos 307.679 migrantes em situação irregular no México, de acordo com o INM.