O governo dos Estados Unidos proibiu na quinta-feira, 22, que Harvard realize matrículas de estudantes estrangeiros. A medida também obriga os estudantes de outros países já existentes a se transferirem para outras universidades, sob risco de perda do status legal no país.
A Secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, ordenou que o Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) encerrasse a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVP) da Universidade de Harvard, de acordo com um comunicado do órgão.
De acordo com o comunicado do DHS, a medida foi tomada após Harvard se negar a fornecer informações exigidas por Noem sobre alguns portadores de visto de estudante estrangeiro que frequentam a universidade. “Este governo está responsabilizando Harvard por fomentar a violência, o antissemitismo e a coordenação com o Partido Comunista Chinês em seu campus”, afirmou a Secretária de Segurança Interna.
As informações foram solicitadas em abril, quando o DHS alertou Harvard de que a recusa em cumprir a ordem resultaria no fim da certificação do SEVP. Após isso, agências federais suspenderam o repasse de verbas à universidade, entre elas o DHS, que suspendeu o repasse de US$2,7 milhões em subsídios.
“É um privilégio, não um direito, que as universidades matriculem estudantes estrangeiros e se beneficiem de suas mensalidades mais altas para ajudar a aumentar suas dotações multibilionárias”, afirma o comunicado do DHS, que acusa Harvard de criar “um ambiente inseguro no campus ao permitir que agitadores antiamericanos e pró-terroristas assediassem e agredissem fisicamente indivíduos”, afirmando que “muitos desses agitadores são estudantes estrangeiros.”
Por Amanda Almeida, do Serviço de Comunicação