Mais de 76 mil pessoas já solicitaram asilo no México desde o início de 2023
O Instituto Nacional de Migração do México (INM) informou em comunicado que resgatou na segunda-feira, 24, 256 migrantes em três ações diferentes no estado de Veracruz. Segundo o órgão, a maioria estava desidratada após serem abandonados no trailer de um caminhão.
Entre os 256 migrantes resgatados, 117 pessoas viajavam em 44 núcleos familiares, 17 menores viajavam desacompanhados e 122 adultos viajavam sozinhos. Os resgatados eram da Guatemala (125), Venezuela (70), Honduras (57), Colômbia (2), Equador (1) e Camarões (1).
Na primeira ação, o INM localizou, junto a outras autoridades, um trailer de caminhão abandonado na borda da pista, onde foram encontrados 137 migrantes de Honduras e da Guatemala que estavam desidratadas, entre os quais estavam 16 menores desacompanhados.
Um segundo grupo, de 68 migrantes, foi encontrado em uma verificação nos trilhos do trem, onde, segundo o INM, eles colocavam suas vidas em risco. No grupo estavam 36 pessoas de Honduras, 14 da Venezuela, 8 da Guatemala, 1 do Equador e 1 de Camarões, além de oito pessoas em dois núcleos familiares, de nacionalidade não especificada.
Na terceira ação, um ônibus foi parado para verificação, onde o INM encontrou 51 pessoas a bordo que não puderam comprovar sua permanência regular no México. Do total, 48 migrantes são da Venezuela, dois da Colômbia e um da Guatemala.
Desde o início do ano fiscal de 2023, pelo menos 1,7 milhão de migrantes já tentaram cruzar a fronteira entre os países de forma irregular. Em junho, após a volta da aplicação do Título 8 pelos EUA, que permite deportações, o número de migrantes foi de 144.571, uma queda de 30% em relação a maio, quando 206.702 pessoas tentaram cruzar a fronteira.
O México, por sua vez, registrou mais de 76 mil solicitações de refúgio desde o início do ano, superando os números do mesmo período em 2022, quando 58.283 pessoas pediram asilo no país. A alta nos números pode estar relacionada à medida recém bloqueada dos EUA, que estava em vigor desde maio e só permitia solicitações de refúgio de migrantes que já fizeram uma solicitação em um país de trânsito.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação