De acordo com um comunicado da Organização Internacional para as Migrações (OIM) publicada na quinta-feira, 23, um naufrágio na costa da Tunísia vitimou 40 migrantes, entre eles mulheres e crianças, na quarta-feira, 22. Mais de 25.000 migrantes já morreram ou desapareceram na travessia do Mediterrâneo desde 2014, segundo projeto da OIM.
Segundo a OIM, o barco transportava 70 migrantes e naufragou logo após deixar a vila de Salakta. Entre os 40 mortos estavam 9 mulheres, 12 crianças menores de 5 anos e 19 homens. De acordo com o comunicado, um altera de um barco pesqueiro possibilitou o resgate de 30 sobreviventes, entre homens, mulheres e crianças de Camarões, Guiné e Costa do Marfim.
“Este é um dos incidentes marítimos mais mortais registrados ao longo da costa norte da África neste ano e ressalta a necessidade urgente de ação coordenada para evitar mais perdas de vidas ao longo da rota do Mediterrâneo Central, a rota de migração mais perigosa do mundo”, afirma o comunicado da OIM.
A região do Mediterrâneo é a rota migratória que mais concentra mortes de migrantes em todo o mundo, 32.872 registros desde 2014, a maioria no Mediterrâneo Central. Em seguida, figuram as rotas da África, com 17.595 registros, sendo a maioria na travessia do Saara (6.924), e as rotas das Américas, com 11.301, a maioria na travessia da fronteira EUA-México (6.584).
Em 2025, 961 migrantes morreram ou desapareceram ao tentar cruzar o Mediterrâneo Central, segundo dados do Projeto Migrantes Desaparecidos da OIM. Desde 2014, a Organização já registrou 25.546 fatalidades envolvendo migrantes na região, sendo 2016 o ano com maior número de registros (4.574), seguido por 2015 (3.149), 2014 (3.126), 2023 (2.526) e 2024 (1.810).
Por Amanda Almeida, do Serviço de Comunicação












