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“O ensino jamais deve ser separado do amor”, afirma Papa Leão XIV no Jubileu do Mundo Educativo

O Papa Leão XIV se encontrou nesta sexta-feira, 31, com os participantes do Jubileu do Mundo Educativo, que acontece até o dia 1º de novembro, quando o Papa celebrará a missa na Praça São Pedro, durante a qual São João Henrique Newman será declarado Doutor da Igreja.

“Como sabemos, a Igreja é Mãe e Mestra e vocês contribuem para personificar o seu rosto para muitos alunos e estudantes, dedicando-se à sua formação”, afirmou o Papa no início de seu discurso, destacando que, graças à variedade de carismas, metodologias, pedagogias e experiências, é possível garantir a milhões de jovens uma formação adequada.

O Papa compartilhou experiências de seu tempo como professor nas instituições da Ordem de Santo Agostinho, focando em quatro aspectos da doutrina de Santo Agostinho: interioridade, unidade, amor e alegria. “São esses princípios que gostaria que se tornassem os elementos-chave de nossa caminhada conjunta, fazendo deste encontro o início de um caminho compartilhado de crescimento e enriquecimento mútuos”, afirmou.

“Vivemos num mundo dominado por telas e filtros tecnológicos, muitas vezes superficiais, enquanto os alunos precisam de ajuda para entrar em contato com seu eu interior”, ressaltou o Papa, destacando que também os educadores, muitas vezes sobrecarregados, correm o risco de esquecer o que foi resumido por São João Newman na expressão cor ad cor loquitur (“o coração fala ao coração”) e o que foi dito por Santo Agostinho: “Não olhes para fora, volta para ti mesmo, pois a verdade habita em ti”, sublinhando que “essas palavras nos convidam a ver a formação como um caminho que professores e alunos percorrem juntos.”

Leão XIV incentiva os educadores a se perguntarem sobre os compromissos que estão sendo assumidos para atender às necessidades urgentes, os esforços para construir pontes de diálogo e paz e os esforços para responder às necessidades dos mais frágeis, pobres e excluídos. “Compartilhar conhecimento não basta para ensinar: é preciso amor. Só então o conhecimento será benéfico para aqueles que o recebem, em si mesmo e, sobretudo, pela caridade que transmite. O ensino jamais deve ser separado do amor”, afirmou o Papa.

“Hoje, em nossos contextos educacionais, é preocupante observar os crescentes sintomas de fragilidade interior generalizada, em todas as idades. Não podemos fechar os olhos para esses silenciosos pedidos de ajuda; pelo contrário, devemos nos esforçar para identificar suas causas subjacentes”, sublinhou o Papa, destacando que “a inteligência artificial, em particular, com seu conhecimento técnico, frio e padronizado, pode isolar ainda mais os alunos que já estão isolados, dando-lhes a ilusão de que não precisam dos outros.”

Ao final, ele destacou o esforço humano dos educadores e agradeceu pelo “valioso trabalho que realizam”, convidando a fazer dos valores da interioridade, unidade, amor e alegria os “elementos-chave” de sua missão na educação.

Por Amanda Almeida, do Serviço de Comunicação

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