A maioria dos migrantes registrados desembarcou na Itália
Desde o início de 2022, pelo menos 146.635 pessoas chegaram à Europa pelo Mar Mediterrâneo, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Desde janeiro, já foram registradas mais de 1.900 mortes ou desaparecimentos de migrantes no Mediterrâneo.
No total, os países da região do Mediterrâneo receberam, até 25 de dezembro, 154.290 migrantes, contando as chegadas por terra e mar. Durante o ano, pelo menos 100.942 pessoas chegaram à Itália, outras 30.962 chegaram à Espanha, 18.013 à Grécia e 450 à Malta.
De acordo com dados do ACNUR, a rota do Mediterrâneo, considerada a mais mortal do mundo, já contabiliza pelo menos 26.382 migrantes mortos ou desaparecidos durante tentativas de chegar à Europa desde 2014, sendo 1.939 somente em 2022.
Apesar do alto número de chegadas à Itália, boa parte dessas pessoas não costumam ficar no país, solicitando asilo em outros países da Europa. De acordo com o gabinete de estatísticas da EU, a Alemanha, por exemplo, atualmente tem cerca de 238,7 mil solicitações de refúgio, enquanto a França tem em torno de 134,4 mil. A Itália, em comparação, acumula cerca de 61,8 mil solicitações.
Segundo o ACNUR, as nacionalidades mais comuns entre as chegadas são migrantes da Tunísia (23,5%), Egito (20,5%), Bangladesh (15,7%), Síria (9,8%), Afeganistão (8%), Costa do Marfim (6,2%), Irã (4,6%), Guiné (4,5%) e Eritreia (3,6%). Outros países representam 3,7% do total, que também contabiliza dados do ano de 2021.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual