Mais de 3.100 migrantes morreram no Mar Mediterrâneo em 2023
De acordo com o ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados, mais de 31 mil migrantes chegaram à Espanha, Itália, Grécia, Chipre e Malta desde o início do ano, a maioria através do Mar Mediterrâneo, rota na qual quase 300 pessoas já morreram desde 1º de janeiro.
No total, 31.154 pessoas foram registradas pelo ACNUR ao chegarem por terra e mar nos cinco países citados até o dia 10 de março. Dessas, 29.945 chegaram pelo Mar Mediterrâneo, rota onde pelo menos 3.105 migrantes morreram em 2023, segundo o projeto Missing Migrants da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
De acordo com os dados do ACNUR, até o momento, a maioria dos migrantes e refugiados chegou à Espanha, onde foram registradas 14.700 chegadas. Em seguida vem a Grécia, com 8.864 registros, a Itália, com 5.580, Chipre, com 1.943, e Malta, com 67. Das chegadas registradas em 2024 até o momento, pelo menos 61,2% eram homens, 14,9% mulheres e 23,9% crianças.
Segundo a OIM, pelo menos 278 migrantes morreram ou desapareceram no Mar Mediterrâneo enquanto tentavam chegar à Europa desde o início de 2024, sendo que o último incidente foi registrado no dia 08 de março. Do total, a maioria das mortes ou desaparecimentos (226) aconteceu na região do Mediterrâneo Central, onde pelo menos 4 crianças morreram, de um total de 7 em todo o Mediterrâneo.
No ano passado, pelo menos 3.105 migrantes morreram no Mediterrâneo, dos quais pelo menos 161 eram crianças. Do total, 2.476 das mortes aconteceram apenas no Mediterrâneo Central. A OIM, no entanto, afirma que o número pode ser ainda maior, devido a naufrágios não registrados.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação