Na terça-feira, 08, as Animadoras Vocacionais e Formadoras se encontraram mais uma vez para um momento formativo com o tema “Cuidando de quem cuida Saúde Mental: um olhar de ternura para as juventudes”. A assessora Daniele Batista de Sousa, aprofundou o tema com leveza e resiliência.
Entre os temas trabalhados estavam: “Quem são nossas juventudes?”, “Como estão nossas juventudes?” e “Quais os desafios no cuidado dedicado às juventudes?”
Primeiros Cuidados Psicológicos: Conjunto de respostas que favorecem o acolhimento e apoio em situação de crise, em que há necessidade de cuidado imediato à pessoa fragilizada emocionalmente. Essas chamadas situações de crise contemplam sofrimento intenso, em que o indivíduo pode se mostrar amedrontado, muito ansioso, confuso, desestabilizado.
Neste contexto, é oportuno que uma pessoa disponível e sensível ao outro possa acolher e oferecer alguns cuidados específicos, independente de ser profissional da área da saúde ou da assistência social.
Cuidados considerados com as nossas juventudes.
● Oferecer apoio e cuidados práticos (copo com água, um agasalho, dispor de esclarecimentos práticos oportunos);
● Escutar atentamente, sem pressionar a falar;
● Buscar confortar e auxiliar a pessoa a sentir-se mais tranquila;
● Orientar sobre busca por ajuda profissional.
Manejos possíveis como expressar acolhida?
● Valorizar quem a pessoa é, começando ao chamá-la pelo nome;
● Ouvir com atenção, sem expressar espanto, sem acelerar a fala e sem fazer interrupções;
● Manter atenção ao conforto e às necessidades básicas;
● Não ser pessoa curiosa, mas sim, atenciosa;
● Não julgar, não criticar, discriminar nem recriminar;
● Não é preciso oferecer soluções, é preciso mostrar estar junto;
● Respeitar choro, timidez, nervosismo;
● Ouvir respeitosamente o que é dito, sem expor depois, com o devido sigilo;
● Estabelecer contato físico respeitoso e fraterno;
● Ser disponível, buscar as informações e encaminhamentos necessários;
● Dedicar-se a atualização e expansão de conhecimentos sobre as diversas questões que podem se relacionar com as juventudes: diversidade, dependências, realidades sociopolítica e eclesial, redes sociais, entre tantos outros.
Outra abordagem da assessora foi “Saúde Mental: um olhar de ternura para si”, em que ela convidou cada Animadora e Formadora olhar para si mesma, como pessoa.
Como cuidar da saúde mental?
● Conservar bons sentimentos e ordenar os afetos;
● Aceitar a si e aos outros, com suas qualidades e
defeitos;
● Evitar uso de substâncias psicoativas;
● Reservar tempo para lazer e convivência.
● Manter bons hábitos alimentares, dormir bem e
praticar atividades físicas regularmente;
● Dedicar tempo à reflexão e autopercepção;
● Zelar por rotina de oração;
● Considerar auxílio profissional e medicamentoso.
Estratégias para promover a saúde mental:
● Autocuidado regular
● Formação e sensibilização
● Apoio psicológico
● Comunicação aberta
● Espiritualidade saudável
A assessora Daniele destacou que é importante manter uma comunicação aberta e cultivar um ambiente de comunicação aberta dentro das comunidades religiosas é essencial. Criar espaços onde os indivíduos possam compartilhar suas experiências, lutar contra o estigma e buscar apoio é um passo significativo para o cuidado da saúde mental.
Cuidar da saúde mental no contexto da vida consagrada deve ser uma prioridade. A saúde mental é um aspecto integral do bem-estar e do ministério eficaz. Ao enfrentar os desafios da vida consagrada, é imperativo que tanto os indivíduos quanto as instituições religiosas reconheçam a importância do cuidado psicológico e espiritual. Estabelecer uma cultura de autocuidado, abrir o diálogo sobre saúde mental e integrar o apoio psicológico são passos essenciais para garantir que aqueles que vivem e servem na vida consagrada possam fazê-lo com bem-estar, amor e compaixão.







Por Ir. Carmen Lucia O. Pereira, Conselheira da Formação Inicial, com o Serviço de Comunicação