Maioria dos migrantes chegou na Europa através do Mediterrâneo Central
A Frontex, a agência de controle de fronteiras da União Europeia, anunciou na terça-feira, 16, que o número de passagens irregulares de migrantes nas fronteiras foi de cerca de 380 mil em 2023. De acordo com comunicado do órgão, esse é o maior número registrado desde 2016.
De acordo com a Frontex, o número representa um aumento de 17% em relação a 2022, sendo a maioria das chegadas através da rota do Mediterrâneo Central, onde foram registrados 157.479 migrantes, o equivalente a 49% das 379.546 travessias até a UE em 2023.
Além disso, pelo menos 26% das travessias irregulares aconteceram nos Balcãs Ocidentais, onde foram registrados 99.068 migrantes, e outras 16% no Mediterrâneo Oriental, com 60.073 registros. Em 2023, pelo menos 62.047 migrantes cruzaram o Canal da Mancha até o Reino Unido, segundo a Frontex.
O comunicado afirma, ainda, que os migrantes da Síria foram responsáveis por mais de 100 mil travessias irregulares no ano passado, sendo o número mais alto entre todas as nacionalidades registradas, seguidos por cidadãos da Guiné e do Afeganistão, representando 37% de todos os registros.
Segundo o comunicado da Frontex, pelo menos 10% das travessias de 2023 foram realizadas por mulheres e outros 10% por crianças. Segundo a agência, o número de menores não acompanhados aumentou 28% em relação ao ano anterior, totalizando mais de 20.000 em 2023.
De acordo com o projeto Missing Migrants da Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 2.498 migrantes morreram no Mediterrâneo Central em 2023, de um total de 3.041 que morreram em toda a região do Mar Mediterrâneo, por onde cruzaram 234.467 migrantes no ano passado, segundo a Frontex.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação