A Somália é o segundo país do mundo com maior vulnerabilidade climática, segundo dados de 2019
Desde janeiro de 2021, pelo menos 1 milhão de pessoas já foram deslocadas pela seca na Somália, de acordo com a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) e o Conselho Norueguês para os refugiados (NRC, na sigla em inglês). Somente em 2022, pelo menos 755.000 pessoas já se deslocaram internamente no país.
O marco de 1 milhão de pessoas deslocadas é um grande alarme para a Somália, afirma Mohamed Abdi, Diretor Nacional do NRC na Somália. De acordo com ele, “a fome agora assombra todo o país”, ao passo que mais famílias são forçadas a deixar suas casas em busca de comida e água.
De acordo com Magatte Guisse, representante do ACNUR na Somália, “as comunidades vulneráveis são as mais atingidas pelos efeitos da crise climática”, o que, segundo ele, as deixa desprotegidas e mais suscetíveis ao deslocamento. A Somália é o segundo país do mundo com maior vulnerabilidade climática, com base em dados de 2019, de acordo com o ranking global de adaptação da Universidade de Notre Dame.
A Somália enfrenta uma seca histórica de dois anos – o que não era visto há mais de 40 anos. Acredita-se que o número de pessoas que enfrentam a fome suba de cerca de 5 milhões para mais de 7 milhões nos próximos meses, impulsionada pelos efeitos das mudanças climáticas e o aumento de preços devido à guerra na Ucrânia.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual