Mais de 500 mil pessoas solicitaram asilo na União Europeia em 2024
De acordo com a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), as detecções de migrantes irregulares nas fronteiras das União Europeia registraram queda de 42% nos primeiros 9 meses de 2024, totalizando cerca de 166 mil detecções. Rotas dos Balcãs Ocidentais e Mediterrâneo Central seguem sendo as regiões com maiores quedas.
No total, 165.582 migrantes cruzaram as fronteiras externas da União Europeia entre janeiro e setembro de 2024. Desses, a maioria chegou através do Mediterrâneo Central, onde 47.710 migrantes foram registrados, e do Mediterrâneo Oriental, com 45.610.
Apesar do alto número de registros, o Mediterrâneo Central está entre as rotas que apresentaram queda no número de detecções em 2024, com 64% a menos que no mesmo período de 2024, junto à rota dos Balcãs Ocidentais, que apresentou queda de 79% nas detecções de migrantes irregulares.
Entre as rotas com aumento nos registros, se destacam as Fronteiras Terrestres Orientais, com aumento de 192% e 13.195 detecções, a rota da África Ocidental, com 100% e 30.616 registros, e o Mediterrâneo Oriental, com 15% de aumento e 45.610 detecções. Entre as fronteiras com maiores aumentos, as principais nacionalidades registradas são os sírios, afegãos, egípcios, malineses, senegaleses, marroquinos, ucranianos e somalis.
Além das rotas de entrada na UE, a Frontex aponta que pelo menos 47.514 pessoas realizaram a rota de saída até o Reino Unido, representando um aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2023.
Em setembro, a Agência de Asilo da União Europeia (EUAA, na sigla em inglês) divulgou um relatório com os dados parciais de 2024 sobre asilo na UE, que aponta que mais de 513 mil pessoas solicitaram refúgio nos países do bloco entre janeiro e junho de 2024.
A Agência prevê que haja aumento nas solicitações no segundo semestre de 2024, ultrapassando 1 milhão de solicitações na UE até o final do ano. De acordo com a EUAA, em 2023 os pedidos de asilo na União Europeia atingiram 1,1 milhão, além de outros 4 milhões de ucranianos que receberam proteção temporária.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação