Testemunho de despojamento e dedicação aos mais pobres
Carlos nasceu em 2 de outubro de 1538, em Arona – Itália, na nobre família Borromeo, sendo o segundo filho de Gilberto e Margarida. Sempre foi muito inteligente e estudioso e, desde jovem, queria ser padre. Esta vocação sempre foi incentivada por seu tio que era Cardeal e, mais tarde, tornou-se o Papa Pio IV. Em 1563, aos 25 anos, foi ordenado sacerdote e, logo a seguir, com 27 anos, foi sagrado Arcebispo de Milão – Itália. Seu lema episcopal foi “Humilitas”. Tornou-se um dos principais promotores da reforma da Igreja, incluindo a catequese.
A sua dedicação à Igreja foi total: fez visitas pastorais em todo o território, fundou seminários para a formação dos sacerdotes, mandou construir igrejas, escolas, colégios, hospitais, associações caritativas e deu aos pobres grande parte da riqueza de sua nobre família.
No ano de 1570, abateu-se uma epidemia sobre Milão. A cidade sucumbiu diante da peste e da escassez de recursos, podendo contar somente com seu Arcebispo, que não poupou esforços: visitou os infectados, consolou-os e deu todos os seus bens pessoais para ajudar os enfermos.
Carlos Borromeo foi beatificado em 1602 e canonizado em 1610. Desde então, seus restos mortais encontram-se na Catedral de Milão, na urna que está ornada com painéis que descrevem a sua vida. Nisto consistiu o ensinamento de São Carlos: olhar o mundo através dos olhos da caridade e da humildade.
Diante deste testemunho de vida dedicado à Igreja e aos pobres, Dom Scalabrini o escolheu como Protetor das Congregações que ele fundou: os padres e as irmãs. As Congregações passaram a ser conhecidas como os Missionários e as Missionárias de São Carlos Borromeo.