Entre os migrantes resgatados, muitos tinham ferimentos causados por traficantes de pessoas
No domingo, 11, mais de 500 migrantes resgatados no Mar Mediterrâneo desembarcaram em portos da Itália. Os sobreviventes estavam a bordo dos navios Geo Barents, dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), e Humanity 1, da ONG SOS Humanity. Os migrantes desembarcados eram de pelo menos 22 nacionalidades, principalmente de Camarões, Costa do Marfim, Egito e Síria.
O navio Geo Barents desembarcou, no porto de Salermo, Itália, 248 sobreviventes resgatados no Mediterrâneo entre os dias 4 e 6 de dezembro, entre os quais estavam homens, mulheres e crianças. Recentemente, um bebê nasceu a bordo do navio, que evacuou emergencialmente a mãe, o bebê e os três irmãos do recém-nascido, que também haviam sido resgatados no mar.
No o início da tarde, o navio Humanity 1 finalizou o desembarque dos 261 migrantes a bordo no porto de Bari, Itália, em uma operação que durou cerca de 4 horas. Entre os sobreviventes, estavam pelo menos 30 mulheres, 60 menores desacompanhados e 23 crianças com menos de 14 anos.
De acordo com a SOS Humanity, muitos dos migrantes resgatados tinham ferimentos causados por traficantes de pessoas ou autoridades de centros de acolhida na Líbia, onde estavam antes de tentar cruzar o Mediterrâneo. Vários migrantes tinham feridas causadas pela mistura de gasolina e água do mar.
De acordo com dados do Ministério do Interior italiano, mais de 94.000 migrantes já chegaram ao país pelo Mediterrâneo desde o início de 2022. O Mediterrâneo é uma das rotas migratórias que mais registra mortes em todo o mundo. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), pelo menos 1,921 pessoas morreram ou desapareceram enquanto tentavam atravessar o Mediterrâneo desde janeiro.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual