Cardeal Czerny pediu esforços para substituir as rotas irregulares que colocam em risco as vidas dos migrantes
No domingo, 24, a Igreja celebrou o 109º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. Durante missa na Catedral de Marselha, o cardeal Michael Czerny, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, pediu que sejam ampliados os canais de migração regular.
“No contexto migratório atual, colocar os últimos em primeiro lugar significa assumir alguns compromissos pessoais e coletivos bastante urgentes”, disse o cardeal Czerny, que lembrou da necessidade de garantir “o respeito pelos direitos e pela dignidade humana” para todos.
Ele ressaltou, ainda, que “é preciso bater às portas, ampliar os canais regulares de migração e permitir que as pessoas se tornem ‘cidadãos plenos'”, o que ajudaria a substituir as rotas irregulares “caras e perigosas” que colocam em risco a vida de milhares de migrantes.
Refugiados não devem ser vistos como um peso
Durante sua fala no encerramento dos “Encontros Mediterrâneos”, no sábado, 23, o Papa Francisco dedicou especial atenção aos migrantes e refugiados e pediu que o Mediterrâneo volte a ser “laboratório de paz.”
“Aqueles que se refugiam junto de nós não devem ser vistos como um peso a carregar: se os considerarmos irmãos, aparecer-nos-ão sobretudo como dons”, disse Francisco, que reconheceu as dificuldades em acolher, proteger, promover e integrar os estrangeiros e ressaltou que o que move a solidariedade deve ser o cuidado com dignidade humana.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação, com informações do Vatican News