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Mais de 114 milhões de pessoas estão deslocadas forçadamente no mundo, segundo ACNUR
De acordo com dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM) divulgados na segunda-feira, 30, pelo menos 6,9 milhões de pessoas estão internamente deslocadas na República Democrática do Congo, devido à escalada da violência e aos conflitos entre o grupo rebelde M23, o governo da RDC e as milícias leais ao governo.
Segundo a OIM, pelo menos 5,6 milhões de pessoas, o equivalente a 81% do total de deslocados internos, vivia nas províncias de Kivu do Norte, Kivu do Sul, Ituri e Tanganica, sendo o conflito envolvendo o M23 o principal motivo dos deslocamentos. Em outubro, os combates se intensificaram a norte de Goma, capital de Kivu do Norte, onde cerca de 1 milhão de pessoas foram deslocadas devido ao conflito.
“A mais recente escalada do conflito desenraizou mais pessoas em menos tempo, como raramente visto antes”, afirmou Fabien Sambussy, Chefe da Missão da OIM na RDC, que destacou a sequência de crises vividas pela população congolesa nas últimas décadas.
Segundo o ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados, mais de 1 milhão de pessoas da RDC buscaram asilo em outros países, a maioria (500.520) em Uganda. Em seguida vem a Tanzânia, com 88.840, Burundi, 84.379, Rwanda, 80.668, e Zâmbia, 59.217. Os dados divulgados são de 30 de setembro.
No dia 25 de outubro o ACNUR anunciou que o número de deslocamentos forçados no mundo ultrapassou os 114 milhões em 2023, sendo os principais responsáveis a guerra na Ucrânia, os conflitos no Sudão, República Democrática do Congo e Mianmar; desastres naturais e violência na Somália; além da crise humanitária no Afeganistão.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação