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HRW pede a governos latino-americanos que melhorem a proteção a imigrantes do Haiti e Venezuela

A Human Rights Watch (HRW) pediu na quarta-feira, 11, que os governos da América Latina melhorem a proteção para imigrantes haitianos e venezuelanos. Os dados estão no relatório “Estreito de Darién: a selva onde deficientes políticas migratórias se encontram”, que analisa as políticas de migração em seis países da região: Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Panamá e Peru.

O relatório, o terceiro de uma série da HRW sobre a migração através do Darién, identifica os principais problemas enfrentados por migrantes e solicitantes de refúgio para regularizar sua situação migratória, obter o reconhecimento da situação de refúgio e acessar a integração social e econômica.

O texto exemplifica como essas políticas limitadas levam migrantes e solicitantes de refúgio a se deslocarem para o norte, mais especificamente aos Estados Unidos, através da selva de Darién, por onde, no último ano e meio, mais de 700 mil migrantes passaram. Apenas em 2024, mais de 238 mil migrantes e solicitantes de refúgio cruzaram a selva, dentre os quais mais de 158 mil da Venezuela e mais de 11 mil do Haiti.

De acordo com a HRW, a organização “constatou que alguns governos latino-americanos têm feito esforços louváveis para receber migrantes e solicitantes de refúgio”, no entanto, as opções limitadas de regularização, o acesso precário ao sistema de refúgio e a falta de programas de integração deixam “centenas de milhares de pessoas incapazes de refazer suas vidas”, o que obriga muitos a seguir viagem para o norte.

“Embora tenha havido algumas iniciativas locais para melhorar a integração dos migrantes, a ausência de estratégias claras de integração social e econômica” fez com que muitos migrantes enfrentassem dificuldades de acesso a diversos serviços essenciais. “A discriminação e a xenofobia, inclusive o assédio sexual relacionado a elas, são cada vez mais comuns”, destaca a organização.

A HRW destaca que os governos devem “criar um sistema de proteção temporária em toda a região que concedesse a todos os venezuelanos e haitianos status legal por tempo razoável e renovável”. A organização destacou, ainda, a necessidade de criação de um mecanismo regional equitativo que determine os critérios de distribuição das análises das solicitações de refúgio.

Segundo dados do governo do Panamá, um total de 238.185 imigrantes de pelo menos 35 nacionalidades foram registrados cruzando o Darién em 2024, sendo 16.603 apenas no mês de agosto. Desse total, pelo menos 50.155 eram menores de idade e 188.030 eram adultos.

Em 2023, o governo panamenho registrou um total de 520.085 imigrantes cruzarando a selva de Darién, sendo a maioria da Venezuela, com 328.650, seguidos por 57.250 do Equador e 46.422 do Haiti.

Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação

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