Mais de 170 migrantes morreram ou desapareceram durante a travessia do Darién desde janeiro
Mais de 263 mil migrantes cruzaram o Estreito de Darién entre janeiro e setembro de 2024, de acordo com dados do Serviço Nacional de Migração (SNM) do Panamá. Em 2023, pelo menos 408.972 migrantes atravessaram a selva entre a Colômbia e o Panamá no mesmo período.
No total, o SNM registrou 263.296 migrantes que realizaram a travessia de Darién nos primeiros nove meses do ano, sendo a maioria originária de países da América do Sul (215.968), da Ásia (26.699) e das Antilhas (12.618). Apenas em setembro, o total de travessias foi de 25.111.
Segundo o SNM, 79% das travessias no período foram realizadas por adultos, dos quais (134.281) eram homens e 73.206 mulheres, e outros 21% eram menores de idade, sendo 29.637 meninos e 26.172 meninas.
Entre as principais nacionalidades registradas cruzando o Darién estão os venezuelanos, com 178.482 registros desde janeiro, seguidos pelos colombianos, com 16.028, equatorianos, com 15.304, chineses, com 12.194, e haitianos, com 11.654.
Em 2023, o SNM registrou 520.085 travessias do Darién entre janeiro e dezembro, sendo 75.268 apenas no mês de setembro. Os principais países de origem registrados no ano passado foram a Venezuela, com 328.650 travessias, Equador, com 57.250, Haiti, com 46.422, China, com 25.565, e Colômbia, com 18.841.
De acordo com dados do Projeto Migrantes Desaparecidos, da Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 172 migrantes, dos quais pelo menos 22 são crianças, morreram ou desapareceram durante a travessia do Darién em 2024. Esse é o maior total anual para a região desde 2014, quando os dados começaram a ser contabilizados. Em 2023, 52 mortes ou desaparecimentos foram registrados pela OIM no Darién.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação