Uma menina de 11 anos foi a única sobrevivente de um naufrágio na costa de Lampedusa, na Itália, na quarta-feira, 11, de acordo com uma declaração da Diretora Regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para a Europa e Ásia Central e Coordenadora Especial para a Resposta aos Refugiados e Migrantes na Europa, Regina De Dominicis. Mais de 2.100 migrantes morreram ou desapareceram no Mediterrâneo em 2024.
Segundo a UNICEF, todas as outras 44 pessoas a bordo, incluindo mulheres e crianças, se afogaram no naufrágio, que ocorreu durante uma tempestade após a partida de Sfax, Tunísia. “A criança foi encontrada flutuando na água, sozinha, usando um colete salva-vidas e agarrada a duas câmaras de ar, no meio da noite. Ela não tinha água para beber nem comida. Um médico determinou que ela estava na água por pelo menos 12 horas”, afirmou Dominicis.
De acordo com a declaração, a menina é de Serra Leoa e estava acompanhada pelo irmão e o primo, que morreram no naufrágio. Este é o terceiro naufrágio de migrantes no Mediterrâneo em poucas semanas.
Desde 2014, pelo menos 31.045 migrantes morreram ou desapareceram enquanto migravam pelo Mediterrâneo, segundo o projeto Migrantes Desaparecidos da Organização Internacional para as Migrações (OIM). Apenas em 2024 foram registradas 2.140 mortes ou desaparecimentos de migrantes no Mediterrâneo, sendo 1.617 apenas no Mediterrâneo Central, usada principalmente por migrantes que saem do Norte da África até a Itália.
O UNICEF pediu aos governos que usem o Pacto de Migração e Asilo para fortalecer seu compromisso com a proteção de crianças, de forma a garantir caminhos seguros, legais e acessíveis para que as crianças busquem proteção e se reúnam com seus familiares.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação