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Papa: Migrantes e refugiados, testemunhas privilegiadas da esperança vivida no cotidiano

O Vaticano divulgou nesta sexta-feira, 25, a Mensagem do Papa Leão XIV para o 111º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que será celebrado com o tema “Migrantes, missionários de esperança”, entre 4 e 5 de outubro, durante o Jubileu dos Migrantes. Em 2024, a data teve como tema “Deus caminha com o seu povo” e foi celebrada em 29 de setembro.

Leão XIV inicia o texto recordando a coincidência do 111º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado com o Jubileu dos Migrantes e do Mundo Missionário, o que, ele afirma, oferece “a oportunidade de refletir sobre a relação entre esperança, migração e missão.”

“O atual contexto mundial é tristemente marcado por guerras, violência, injustiças e fenómenos meteorológicos extremos, que obrigam milhões de pessoas a deixar a sua terra natal em busca de refúgio em outros lugares”, afirma o Papa, que alerta para a tendência de cuidar apenas dos interesses de comunidades restritas, o que ameaça a partilha de responsabilidades, a cooperação multilateral, a realização do bem comum e a solidariedade global.

Ele destaca que os desafios atuais e futuros se tornam cada vez mais difíceis diante da perspectiva de uma nova corrida armamentista, a pouca consideração pelos “efeitos nefastos” da atual crise climática e a desigualdade econômica.

O Papa ressalta que, diante desses cenários assustadores, é importante que “cresça no coração de cada vez mais pessoas o desejo de esperar um futuro de dignidade e paz para todos os seres humanos”, futuro esse que é parte essencial do projeto de Deus para a humanidade e para o resto da criação.

“Muitos migrantes, refugiados e deslocados são testemunhas privilegiadas da esperança vivida no cotidiano, através da sua confiança em Deus e da sua capacidade de suportar as adversidades em vista de um futuro em que vislumbram a aproximação da felicidade e do desenvolvimento humano integral”, afirma Leão XIV.

Ele sublinha que, em um mundo obscurecido por guerras e injustiças, os migrantes e refugiados se erguem como mensageiros de esperança. “A sua coragem e tenacidade são testemunho heroico de uma fé que vê além do que os nossos olhos podem ver e que lhes dá força para desafiar a morte nas diferentes rotas migratórias contemporâneas”, destaca.

“Os migrantes e refugiados lembram à Igreja a sua dimensão peregrina”, pontua o Papa. Ele alerta, ainda, que, sempre que a Igreja cede à tentação da “sedentarização” e deixa de ser peregrina, deixa de estar “no mundo” e passa a ser “do mundo”, uma tentação já presente nas primeiras comunidades cristãs.

O Papa afirma que os migrantes e refugiados católicos podem, de modo particular, tornar-se missionários de esperança nos países de acolhida, levando novos caminhos de fé onde a mensagem de Jesus Cristo ainda não chegou ou iniciando diálogos inter-religiosos no seu cotidiano, buscando valores comuns. Ele destaca, ainda, que o entusiasmo e a vitalidade dos migrantes podem contribuir para revitalizar “comunidades eclesiais endurecidas e sobrecarregadas”.

Citando São Paulo VI, ele recorda que o primeiro elemento da evangelização é geralmente o testemunho, ao qual são chamados, especialmente, os migrantes em seus países de acolhida. Para o Papa Leão XIV, essa é uma verdadeira missio migrantium (missão realizada pelos migrantes), para a qual deve ser assegurada uma preparação adequada e um apoio contínuo.

“Por outro lado, também as comunidades que os acolhem podem ser um testemunho vivo de esperança, entendida como promessa de um presente e de um futuro em que seja reconhecida a dignidade de todos como filhos de Deus”, afirma o Papa, que ressalta que, dessa forma, os migrantes e refugiados são reconhecidos como irmãos e irmãs, parte de uma família em que podem participar plenamente da vida comunitária.

Leia a mensagem na íntegra clicando aqui.

Por Amanda Almeida, do Serviço de Comunicação

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