Durante homilia no Cazaquistão, o Papa Francisco pediu que sejamos testemunhas alegres de vida nova, de amor, de paz
O Papa Francisco presidiu a celebração eucarística, na quarta-feira,14, quando foi celebrada a Festa da Exaltação da Santa Cruz, na Praça da Expo, em Nur-Sultan, no Cazaquistão. Em sua homilia, falou sobre a paz e a convivência com as diferenças.
O Pontífice recordou em sua homilia que, no madeiro da Cruz, “Jesus tomou sobre si o nosso pecado e o mal do mundo, e derrotou-os com o seu amor”. “É por isso que fazemos festa hoje”, afirmou. O Papa se deteve nas duas imagens das serpentes: as serpentes venenosas que mordem e a serpente que salva, narradas no Livro dos Números.
Durante a homilia, o Papa destacou que a paz nunca é conquistada de uma vez por todas, mas um pouco a cada dia, como também a convivência entre etnias e tradições religiosas diferentes, o desenvolvimento integral, a justiça social.
Para o Papa, não faltaram no Cazaquistão mordidas dolorosas: “Penso nas serpentes venenosas da violência, da perseguição ateísta, penso num caminho por vezes conturbado durante o qual foi ameaçada a liberdade do povo e ferida a sua dignidade”, disse ele.
Segundo Francisco, para que “o Cazaquistão cresça ainda mais na fraternidade, no diálogo e na compreensão para “lançar pontes” de cooperação solidária com os outros povos, nações e culturas, há necessidade do compromisso de todos, há necessidade de um renovado ato de fé no Senhor: olhar para cima, olhar para Ele, aprender com o seu amor universal e crucificado”.
O Papa concluiu, dizendo que “no madeiro da cruz, Cristo tirou o veneno da serpente do mal, e ser cristão significa viver sem venenos: não nos mordermos entre nós, não murmurar, não acusar, não criticar os outros, não disseminar as obras do mal, não poluir o mundo com o pecado e a desconfiança que vem do Maligno”. Ele pede que não haja em nós nenhum veneno de morte mas, ao contrário, possamos rezar para que, “pela graça de Deus, possamos tornar-nos cada vez mais cristãos: testemunhas alegres de vida nova, de amor, de paz”.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual com Vatican News