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Brasil vai incluir imigrantes e refugiados na contagem do Censo 2022

Desde 2017, o Brasil recebeu mais de 700.000 venezuelanos, dos quais quase metade decidiu ficar

Após o lançamento nacional da coleta do Censo 2022 na segunda-feira, 01, o IBGE firmou acordos com a Organização Internacional para Migrações (OIM) e o Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) para o recenseamento de imigrantes e refugiados. Dados apontam que pelo menos 325.000 venezuelanos vivem no Brasil hoje.

As parcerias foram firmadas na sede do IBGE, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o presidente do Instituto, Eduardo Rios Neto, ressaltou a importância dessa coleta de dados. “Os dois acordos são fundamentais para a cobertura da migração internacional, particularmente, dos venezuelanos, embora também dos bolivianos e outros segmentos de refugiados tanto da América Latina quanto fora, como do Afeganistão e da Ucrânia”, afirmou.

A parceria entre o IBGE e o ACNUR, terá como objetivo facilitar as discussões relacionadas às etapas de análise dos resultados da operação censitária e de planejamento e observação das pesquisas domiciliares amostrais do IBGE. O foco será a coleta do Censo a ser realizada no estado de Roraima, em particular nos municípios de Boa Vista e Pacaraima, sendo este a principal porta de entrada de imigrantes venezuelanos, e em outros estados do Brasil.

Além disso, o ACNUR atuará na sensibilização das equipes de locais de trabalho, assim como dos refugiados e migrantes venezuelanos quanto à importância de sua participação na operação censitária.

A OIM, por sua vez, trabalhará na articulação com organizações que atuam na área de migração no estado de Roraima e em outros estados do país, bem como com o apoio de funcionários da OIM com experiência no trabalho com refugiados e migrantes para facilitar a aproximação dos recenseadores durante a coleta de dados.

Desde 2017, o Brasil recebeu pelo menos 717.000 migrantes da Venezuela, que fugiam da grave crise no país, dos quais pelo menos 325.000 decidiu continuar por aqui, o equivalente a 47% do total, segundo estatísticas da Operação Acolhida. No momento, cerca de 120.000 venezuelanos têm autorização de residência temporária no Brasil e outros 72.000 foram interiorizados e hoje vivem e trabalham em diversas partes do Brasil.

Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual

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