No último final de semana, a África do Sul foi palco de diversas atividades em celebração à Festa de Santa Josephina Bakhita, padroeira das vítimas de tráfico humano. Organizadas pela Conferência dos Bispos Católicos da África Austral (SACBC) e pelas Arquidioceses de Johannesburgo e Pretória, as atividades destacaram a importância da prevenção ao tráfico humano e os direitos dos migrantes e refugiados.
Sob a coordenação de Ir. Marizete Garbin, a Arquidiocese de Johannesburgo, realizou um workshop no sábado dia 8 de Fevereiro, na cidade de Soweto, com o tema Documentação, Saúde, Educação e Integração. Ao mesmo tempo deu ênfase na Prevenção do Tráfico Humano e na história de superação de Santa Bakhita. O evento contou com a participação de 60 pessoas, de quatro Paróquias (Santa Ana, Santa Angela, Nossa Senhora das Vitórias e Santo Espírito), que discutiram e aprenderam sobre medidas de prevenção, proteção, acolhimento, independente de cor, raça, credo ou nacionalidade. Ao mesmo tempo, a vida e a história de Santa Bakhita iluminaram muitas vidas, despertando uma fé e esperança mais profundas e ressaltando a importância do perdão.
No domingo, a Paróquia Santa Bakhita, na Arquidiocese de Johannesburgo, foi o cenário de uma grande celebração festiva que reuniu aproximadamente 500 pessoas. A missa em honra a sua padroeira, organizada e motivada pela Ir. Marizete e comunidade local, foi presidida pelo Pároco Fr. Emanuel, que ressaltou o cuidado da vida, da proteção, da prevenção do tráfico humano e do uso correto das nossas mãos: “As mãos são para ajudar e cuidar e não para destruir e matar vidas”, conclui o padre. Os próprios migrantes e refugiados, com suas diferentes expressões culturais apresentaram a vida de Santa Bakhita. Após a missa, os participantes desfrutaram de um momento de confraternização, fortalecendo os laços comunitários e celebrando a vida e o legado de Santa Josephina Bakhita.
Por sua vez, o Departamento de Migrantes, Refugiados e Tráfico Humano da Conferência dos Bispos Católicos da África Austral (SACBC), coordenado pela Ir. Neide Lamperti, em parceria com a Arquidiocese de Pretória, organizou uma grande celebração na Paróquia do Sagrado Coração, em Diepsloot, Pretória. O evento contou com a participação de aproximadamente 650 pessoas.
Antes da missa, houve uma procissão impactante com faixas, cartazes, um quadro de Santa Bakhita e pessoas com mãos, boca e ouvidos tapados, simbolizando o tráfico humano que fere e tira a liberdade das pessoas. A missa festiva foi presidida pelo Arcebispo de Pretória, Dabula Mbako, que exortou a todos a cuidar da vida e a se protegerem do tráfico humano, descrito pelo Papa Francisco como “uma ferida aberta no corpo de Cristo, no corpo da humanidade”. “O Tráfico humano é uma violência profunda que afeta a todos e exige uma mudança social e um comprometimento de todos os cristãos”, afirma o Arcebispo.
A celebração foi marcada por muitas danças, símbolos e orações a Santa Bakhita. Ao final, houve um momento de reflexão sobre o que é realmente o tráfico humano, quais são os sinais e como agir caso se saiba que alguém pode ser vítima desse crime. A celebração terminou com uma partilha de alimentos entre os presentes, fortalecendo o espírito comunitário.
Todos receberam orações de Santa Bakhita e um informativo sobre a prevenção do Tráfico Humano, tanto em Johanesburgo como em Pretória.
Nos dias que antecederam a celebração, Ir. Neide Lamperti foi entrevistada pela Rádio Veritas e a outros canais de comunicação da SACBC, destacando a importância da conscientização e da luta contra o tráfico humano. Ao mesmo tempo, em parceria com a direção Nacional da Vida Consagrada (LCCLSA) e a Rede Talitha Kum enviou uma comunicação a todos os bispos, liderancas diocesanas, Vida Consagrada, motivando para a celebração deste dia e despertar para a prevenção do tráfico humano, como embaixadores de esperanca. Ir. Marizete Garbin também foi entrevistada para diferentes meios de comunicação, sobre o mesmo tema.
Essas atividades reforçam o compromisso das arquidioceses e da Conferência Episcopal em combater o tráfico humano e apoiar os direitos dos migrantes e refugiados, inspirados pelo exemplo de Santa Bakhita.























































Por Ir. Neide Lamperti, com o Serviço de Comunicação