Aconteceu nesta segunda-feira, 28, a terceira formação do Intensivo de Formação do Serviço Sociopastoral, com o tema “Sociedade Civil e a Atuação no Atendimento a Imigrantes e Refugiados”, ministrada por Adriano Pistorelo. As formações são abertas ao público e mais informações podem ser acessadas na página oficial, clicando aqui.
Adriano iniciou o encontro recapitulando os temas tratados nas duas primeiras formações, para inteirar os participantes que não estavam presentes e recordar aqueles que participaram.
No início de sua fala sobre o tema, Adriano destacou a frase “as organizações humanitárias têm a oportunidade de intervir onde os estados não conseguem atender”, ressaltando que esse é o papel da sociedade civil, que consegue estar mais próxima às realidades e desafios da população, em especial os migrantes e refugiados. Os participantes tiveram a oportunidade de expressar suas opiniões e pensamentos sobre essa provocação e as perguntas de reflexão que se seguiram.
Falando sobre os Deslocamentos Contemporâneos, Adriano sublinhou a situação dos deslocados forçados, número em constante crescimento em todo o mundo, seja por guerras, violência grave e generalizada ou até mesmo eventos climáticos extremos.
Ele pontuou sobre as crises nas fronteiras, sublinhando “o Estado-nação como guardião das mobilidades”. Adriano destacou que, atualmente, o Estado-nação é quem decide se o outro pode recomeçar ou não, se poderá migrar para um local seguro ou não, podendo dificultar a situação de populações de países que sofrem sanções por estarem em grave e generalizada violação de direitos humanos, por exemplo. Ele ressaltou que, em geral, a migração é pensada em função das necessidades do Estado e não do imigrante e abriu espaço para os participantes se expressarem sobre isso.
Adriano trabalhou, ainda, sobre a diferença entre migração e refúgio, destacando as categorias jurídicas e sua aplicação prática no Brasil. Ele falou, ainda, as portarias interministeriais como instrumento de acolhimento, possibilitando a solicitação de acolhida humanitária por pessoas de alguns países no Brasil, sendo que algumas dessas nacionalidades não possuem a possibilidade de solicitar refúgio, apenas o acolhimento humanitário.
Ao final do encontro, os participantes tiveram a oportunidade de contribuir com seus pensamentos sobre os temas tratados e relatos da atuação junto aos migrantes e refugiados.













Por Amanda Almeida, do Serviço de Comunicação