Em 2021, o número foi de 90 milhões de deslocamentos forçados
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2022, mais de 100 milhões de pessoas foram forçadas a se deslocar de suas casas. O número, que já havia sido anunciado pelo ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados, em maio, inclui aqueles que fogem de conflitos, violência, violações de direitos humanos e perseguição por diversos motivos.
Em 2021, os deslocados em todo o mundo eram cerca de 90 milhões, segundo a ONU. De acordo com a organização, novas ondas de violência ou conflitos prolongados foram os principais motivos no aumento dos números da migração no mundo, entre eles os conflitos na Ucrânia, Etiópia, Burkina Faso, Síria e Mianmar.
No Iêmen, por exemplo, já se passaram mais de sete anos desde o início dos conflitos entre uma coalizão pró-governo liderada pela Arábia Saudita e os rebeldes Houthi e seus aliados. A disputa causou uma catástrofe humanitária que já forçou mais de 4,3 milhões de pessoas a deixar suas casas.
Há pelo menos cinco anos, centenas de milhares de rohingya, minoria étnica muçulmana em Mianmar, começaram a fuga de suas casas no país, após uma campanha militar de perseguição. Atualmente, quase um milhão deles vivem no campo de Cox’s Bazar, em Bangladesh. Outras centenas se arriscam em viagens pelo mar em barcos frágeis e superlotados para tentar chegar à Indonésia, nas quais muitos acabam mortos em naufrágios.
Dez meses após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, que começou em 24 de fevereiro, mais de 7,8 milhões de refugiados ucranianos foram registrados em toda a Europa, sendo quase 2 milhões apenas na Polônia.
Além desses, milhares tentam cruzar o Mediterrâneo ou o Atlântico de barco para chegar à Europa. Essa viagem perigosa já custou a vida de mais de 3 mil migrantes entre 2021 e 2022, que são hoje dados como mortos ou desaparecidos. Desde 2014, mais de 25 mil migrantes morreram ou desapareceram apenas na rota do Mediterrâneo.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual