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Mais de 100 organizações pedem cessar-fogo imediato e ações pelo fim da fome em Gaza

Foi divulgada nesta quarta-feira, 23, uma declaração conjunta de mais de 100 organizações que pedem ações dos governos para combater a fome em Gaza, além de um cessar-fogo imediato e permanente e pelo fim das restrições de entrada de ajuda em Gaza.

A declaração afirma que os trabalhadores humanitários também têm sido obrigados a se juntarem às mesmas filas por comida enfrentadas pela população de Gaza, “correndo o risco de serem baleados apenas para alimentar suas famílias. Com os suprimentos totalmente esgotados, organizações humanitárias testemunham seus próprios colegas e parceiros definhando diante de seus olhos.”

As organizações pedem que os governos “abram todas as passagens terrestres; restaurem o fluxo total de alimentos, água limpa, suprimentos médicos, itens de abrigo e combustível por meio de um mecanismo baseado em princípios, liderado pela ONU; acabem com o cerco e concordem com um cessar-fogo agora.”

O texto chama atenção para os massacres constantes em centros de distribuição de alimentos em Gaza, destacando que, até 13 de julho, a ONU confirmou que 875 pessoas foram mortas enquanto buscavam comida, sendo 201 em rotas de ajuda humanitária e o restante em pontos de distribuição, além de milhares de outros que ficaram feridos. O texto aponta, ainda, que as forças israelenses deslocaram à força mais de 2 milhões de pessoas com a ordem de deslocamento emitida em 20 de julho.

De acordo com a declaração, nos arredores de Gaza toneladas de alimentos, água potável, suprimentos médicos, itens de abrigo e combustível permanecem intocados, com organizações humanitárias impedidas de acessá-los ou entregá-los. “As restrições, os atrasos e a fragmentação impostas pelo Governo de Israel sob seu cerco total geraram caos, fome e morte”, afirma o texto, que ressalta que os médicos têm relatado taxas recorde de desnutrição aguda, especialmente entre crianças e idosos.

“O sistema humanitário liderado pela ONU não falhou, ele foi impedido de funcionar”, afirma o texto, que sublinha que as agências humanitárias têm capacidade e suprimentos para responder às necessidades da população de Gaza, mas são impedidas de chegar aos necessitados, que incluem suas próprias equipes.

“Os governos devem parar de esperar por permissão para agir. Não podemos continuar a esperar que os acordos atuais funcionem”, destaca a declaração, que reforça o pedido para que os governos exijam um cessar-fogo imediato e permanente, a suspensão das restrições burocráticas e administrativas, a abertura das passagens terrestres, a garantia de acesso a todos em Gaza. O texto pede, ainda, a rejeição de modelos de distribuição controlados pelos militares e a restauração de uma resposta humanitária baseada em princípios, liderada pela ONU, e continuidade do financiamento a organizações humanitárias imparciais e baseadas em princípios. “Os Estados devem adotar medidas concretas para pôr fim ao cerco, como a suspensão da transferência de armas e munições”, afirma o texto.

Leia a declaração na íntegra clicando aqui.

Por Amanda Almeida, do Serviço de Comunicação

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