Maioria dos migrantes chegou às Ilhas Canárias; pelo menos 11 morreram ou desapareceram tentando chegar ao arquipélago em 2024
De acordo com o Ministério do Interior da Espanha, mais de 13 mil migrantes já chegaram ao país por via marítima e terrestre, sendo que quase 5 mil chegaram entre 1º e 15 de fevereiro. Pelo menos 11 migrantes já morreram na rota marítima até as Ilhas Canárias em 2024, segundo a OIM.
Segundo o governo espanhol, um total de 13.032 migrantes chegaram à Espanha desde 1º de janeiro, número 424,1% a mais que no mesmo período de 2023, quando foram registradas 2.538 chegadas de migrantes no país.
Desse total, segundo o órgão, 12.957 chegadas foram apenas por via marítima, número que supera em 10.532 indivíduos os registros de 2023 para o mesmo período, quando 2.425 pessoas chegaram pelo mar ao país.
Até o momento, a maioria das chegadas em 2024 foi registrada nas Ilhas Canárias, onde 11.704 migrantes chegaram desde o início do ano, 630,6% a mais que no mesmo período do ano passado, quando foram registradas 1.602 chegadas de migrantes ao arquipélago.
Em relação às chegadas terrestres, 345 migrantes foram registrados cruzando as fronteiras de Ceuta e Melilla desde o início do ano, 205% a mais que os 113 registrados em 2023. Desse total, 342 chegaram a Ceuta, 238,6% a mais que os 101 registrados no ano passado, e outros 3 chegaram à Melilla, 75% a menos que as 12 chegadas registradas em 2023.
De acordo com o projeto Missing Migrants da OIM (Organização Internacional para as Migrações), pelo menos 11 migrantes morreram na rota do Oceano Atlântico até as Ilhas Canárias. Em 2023, a Organização registrou 959 mortes ou desaparecimentos na mesma rota, sendo a maioria (676) de gênero indeterminado, além de 106 mulheres e 177 homens.
No Mediterrâneo Ocidental, que abrange Espanha, França e Itália, e é muito utilizado por migrantes tentando chegar em território espanhol, a OIM registrou 7 mortes de migrantes desde o início de 2024. No ano passado, a Organização registrou 458 mortes ou desaparecimentos de migrantes na região.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação
