Mais de 22 mil migrantes já morreram no Mediterrâneo Central desde 2014
De acordo com a Frontex, a agência da União Europeia para controle de fronteiras, de janeiro a julho, pelo menos 176.100 migrantes atravessaram irregularmente as fronteiras da UE, o maior número para o período desde 2016. Mais da metade chegou pela rota do Mediterrâneo Central.
Com 89.047 detecções de migrantes nos primeiros sete meses de 2023, o Mediterrâneo Central continua sendo a rota mais ativa para a UE. O número representa um crescimento de 115% em relação ao mesmo período de 2022 e, segundo a Frontex, é o maior total para a rota no mesmo período desde 2017.
Em julho, foram registrados 23.388 migrantes no Mediterrâneo Central, sem indicações de que o fluxo diminua nos próximos meses, “com contrabandistas oferecendo preços mais baixos para migrantes que partem da Líbia e da Tunísia em meio a uma competição acirrada entre os grupos criminosos”, afirma a Frontex.
Nas outras rotas, foram identificadas quedas nas travessias em comparação com 2022, que variam de 29% a 2%.
Segundo o projeto Missing Migrants da OIM (Organização Internacional para as Migrações), pelo menos 2.096 migrantes morreram ou desapareceram no Mediterrâneo em 2023, sendo a maioria (1.848) no Mediterrâneo Central.
Desde 2014, quando os dados da OIM começaram a ser contabilizados, 27.845 migrantes morreram ou desapareceram no Mediterrâneo, sendo 22.096 no Mediterrâneo Central, 3.452 no Mediterrâneo Ocidental e 2.297 no Mediterrâneo Oriental.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação