Mais de 27 mil pessoas já morreram desde o início da guerra, em 7 de outubro
De acordo com o Subsecretário-Geral para Assuntos Humanitários da ONU, Martin Griffiths, após cinco meses de guerra, mais da metade da população de Gaza esta “amontoada” em Rafah, no sul do enclave. Cerca de 27.500 pessoas já morreram em decorrência da guerra.
De acordo com o chefe humanitário da ONU, Rafah, próximo à fronteira do Egito, tinha originalmente 250 mil habitantes, mas, com os intensos ataques no norte do enclave, recebeu pelo menos metade da população de Gaza, cidade que tinha cerca de 590 mil habitantes. “As suas condições de vida são péssimas – faltam-lhes as necessidades básicas para sobreviver, perseguidos pela fome, doenças e morte”, afirmou Martin Griffiths em declaração.
Estimativas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) apontam que pelo menos 1,7 milhão de pessoas (cerca de 75% da população) estão deslocadas dentro da Faixa de Gaza, algumas delas tendo sido deslocadas várias vezes.
Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 27.478 pessoas já foram mortas em Gaza durante os cinco meses de guerra, sendo que 70% dos mortos são mulheres e crianças. Além disso, pelo menos outros 66.835 palestinos foram feridos em ataques.
Para a OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários), o surgimento de novos combates em Rafah aumenta o risco de gerar a morte de ainda mais pessoas. “Corre também o risco de dificultar ainda mais uma operação humanitária já limitada pela insegurança, infraestruturas danificadas e restrições de acesso”, afirmou Griffiths.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação