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“Escutemos o seu grito de ajuda”, pede Papa em Mensagem para o Dia Mundial de Oração Contra o Tráfico de Pessoas

Nesta quinta-feira, 8, é celebrada a memória litúrgica de Santa Josefina Bakhita, padroeira dos sequestrados e escravizados

Em sua Mensagem para o Dia Mundial de Oração Contra o Tráfico de Pessoas, celebrado nessa quinta-feira, 8, o Papa Francisco exorta os fiéis a abrir suas vidas aos irmãos e irmãs que são vítimas do tráfico humano, crime muitas vezes invisível. Em 2024, o Dia Mundial de Oração tem como tema “Caminhar com dignidade: escutar, sonhar, agir”.

Francisco inicia o texto recordando Santa Josefina Bakhita, cuja memória litúrgica também é celebrada hoje, e a injustiça sofrida por ela, mas, também, de seu “percurso de libertação e renascimento para uma vida nova”. “Santa Bakhita anima-nos a abrir os olhos e os ouvidos para ver os invisíveis e ouvir quantos não tem voz para reconhecer a dignidade de cada um e agir contra o tráfico e toda a forma de exploração”, destaca o Pontífice.

“Muitas vezes o tráfico é invisível”, lembra o Papa, que ressalta o trabalho dos meios de comunicação e dos repórteres que trazem luz a esse tema nos tempos atuais. “Mas a cultura da indiferença anestesia-nos”, afirma, exortando os fiéis a se ajudarem mutuamente a “abrir as nossas vidas, os nossos corações a tantas irmãs e tantos irmãos que são tratados como escravos”, afirma o Pontífice, que destaca: “Nunca é tarde demais para nos decidirmos a fazê-lo”.

O Papa sublinha que é necessário ter a capacidade de ouvir aqueles que sofrem e lembra das vítimas dos conflitos, das guerras, das pessoas afetadas pelas alterações climáticas, dos migrantes forçados e daqueles que são vítimas da exploração sexual ou laboral, em especial mulheres e meninas. “Escutemos o seu grito de ajuda, deixemo-nos interpelar pelas suas histórias; e, juntamente com as vítimas e os jovens, voltemos a sonhar um mundo onde as pessoas possam viver em liberdade e com dignidade”, pede Francisco.

O Pontífice exorta, ainda, a transformar esse sonho em realidade através de ações concretas de combate ao tráfico, rezando e agindo tanto pessoalmente como nas famílias e nos diferentes âmbitos sociais e políticos.

“Sabemos que é possível combater o tráfico, mas precisamos de chegar à raiz do fenômeno, erradicando as suas causas. Por isso, encorajo-vos a responder a este apelo à transformação, em memória de Santa Josefina Bakhita, símbolo daqueles que, reduzidos infelizmente à escravatura, ainda podem recuperar a liberdade”, afirma Francisco, destacando que esse é um apelo para mobilizar todos os recursos possíveis na luta contra o tráfico, para que seja possível devolver a dignidade aos que são vítimas desse crime. “Se fecharmos olhos e ouvidos, se ficarmos inertes, seremos cúmplices”, afirma.

Santa Josefina Bakhita, padroeira dos sequestrados e escravizados
Nascida no Sudão em 1869 e, ainda criança, foi sequestrada e vendida como escrava. Pelo trauma vivido, esqueceu seu próprio nome e passou a ser chamada Bakhita, “afortunada”, por seus raptores.

Após anos de sofrimento, foi vendida ao cônsul da Itália no Sudão, Calixto Legnani, que logo lhe deu uma carta de liberdade. Alguns anos depois, quando ele foi obrigado a voltar para a Itália, Bakhita pediu-lhe para ir junto. Quando chegou à Itália, em 1884, foi morar na casa da família Michieli, onde se tornou babá e amiga da filha mais nova do casal, que acabava de nascer. Em dado momento a família precisou viajar durante 9 meses, deixando Bakhita e a filha mais nova aos cuidados das Irmãs Canossianas de Veneza.

No convento, em 1890, ela recebeu os Sacramentos da Iniciação Cristã e foi batizada como Josefina. Lá, ela sentiu o chamado de Deus para se tornar religiosa e, em 1896, professou os votos e ingressou na ordem das Irmãs Canossianas.

Josefina morreu em 1947, aos 78 anos, após mais de 50 anos de trabalho incansável no convento, e foi canonizada em 1º de outubro de 2000 por São João Paulo II. Santa Josefina Bakhita é a padroeira dos sequestrados e escravizados.

Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação

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