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Microrregião Pe. José Marchetti realiza Encontro Regional formativo

A Microrregião Pe. José Marchetti realizou seu Encontro Regional formativo, on-line, com presença das irmãs de Várzea Grande, Porto Velho, Manaus, Boa Vista e Fortaleza, tendo como facilitadora a Ir. Luiza Dal Moro, provincial da Província, Nossa Senhora de Fátima, nos ajudando a refletir sobre REVITALIZAÇÃO DA VRC SCALABRINIANA e AUTOCUIDADO, não apenas com conteúdo, mais com partilha de vida, que bem relevante para o bem-viver.

Fomos interpeladas a pensar sobre:

  • • Quais são os pilares da VRC Scalabriniana?
  • • Quais são os elementos do DNA da VRC Scalabriniana?
  • • Quais são os Horizontes motivacionais/apelativos MSCS 2019-2025?

Autocuidado e revitalização (VRC/MSCS) nos leva a pensar em ação conosco para sermos mais plenas em nosso dia-a-dia. Revitalizar, pode ter outros nomes: Revigorar, Reanimar, Dar vigor, Vitalizar mais uma vez, Atribuir vitalidade.

1.O Autocuidado é um conjunto de ações que são tomadas para nos proporcionar saúde integral e consequentemente prevenir o adoecimento psicofísico/corporal, psicoafetivo/emocional e psicoespiritual/religioso.

Autocuidado supõe ouvir/escutar/perscrutar a si mesma, e dar a si respostas honestas frente às questões que emergem de nossa realidade existencial com suas implicações em nossas relações e em nossa missão. Está relacionado a ter consciência do próprio corpo, de sua saúde, de seu emocional, de sua mente e de sua alma.

É ter autoconhecimento e a capacidade de identificar e tomar decisões sábias sobre nossas necessidades (físicas/corporais, mentais/emocionais, espirituais/religiosas) frente as demandas de nosso dia-a-dia, com as responsabilidades inerentes à nossa missão.

Se tomarmos espaço para nós mesmas, criando uma rotina consistente de autocuidado, não apenas diminuímos a exaustão, o stress, mas também aumentamos, ironicamente, nossa performance e a produtividade – eficácia e eficiência. O menos carrega a possibilidade de ser mais.

Autocuidado é sobre “tomar as rédeas da própria vida e missão”, com responsabilidade, critérios, discernimento e respeito à nossa condição humana, com nossos limites e possibilidades, nossas fortalezas e nossas fragilidades.

Na dinâmica da intersubjetividade proposta por Martin Buber de que “o EU é condição para o TU e o TU é condição para o EU”! Eis a dinâmica da retroalimentação – o poço mesmo sempre sendo poço tende a secar em tempos de seca e depende da chuva para continuar sua missão: oferecer água!

2.Autocuidado é uma opção

Só você pode decidir em que e como se cuidar, você é a “personagem principal”, o outro pode exercer a função de ponte, de suporte. Não significa que você tenha que excluir os outros.

Você pode se sentir inspirada ou influenciada por aqueles ao seu redor, você pode incluir a outra, mas só você pode dar um passo adiante e optar por ‘hábitos de vida” saudáveis, evitando os hábitos de vida tóxicos, os quais acabam “respingando” nos outros com os quais você convive e trabalha.

Existem vários fatores que influenciam a atenção ou o desleixo com o autocuidado. Entre estes podemos citar:

  • • Crenças (pessoais e de grupos de pertença) motivadoras ou limitantes.
  • • Autoconfiança: pode afetar positiva ou negativamente o estado mental e a capacidade de tomar decisões (autocontrole).
  • • Motivação/vontade: presença ou ausência de energia/determinação.

Somos suporte de outros: família, amigos, coirmãs, pode ser crucial para optar por uma atitude mental saudável e positiva para o autocuidado. (Variável da consistência/ inconsistência psicológica e social)

3. Autocuidado é uma questão de equilíbrio

Para encontrar o equilíbrio não precisa exagerar ou fazer muitas coisas. Por vezes o menos é mais. O ideal seria encontrar o lugar ideal entre 8 e 80, entre o sol e a sombra, entre a chuva e a seca.

Declinando para o concreto do dia a dia podemos citar como meios diretos de autocuidado:

  • • A alimentação, hidratação
  • • O exercício físico (caminhada, alongamento, Yoga, dança, etc.)
  • • Lazer (os mais variados a nosso alcance, como: filme, musica, contato com natureza, cozinhar, pintura, manualidades, cultivo de flores e folhagens, leitura, escrita, palavras cruzadas, etc.)
  • • Check-up/atenção medica segundo as necessidades e critérios estabelecidos pelos sistemas de saúde de acordo com a idade
  • • O critério no uso de medicamentos
  • • Outros……..

4. Benefícios do autocuidado integral

  • • Previne doenças (e mesmo pode curar) porque fortalece o sistema imunológico (nas relações das redes neurológicas e neuroquímicas e o impacto nas várias esferas do humano).
  • • Melhorar a performance e a produtividade – eficiência e eficácia.
  • • Favorece o bom humor e a disposição para assumir com prazer as responsabilidades do dia a dia.
  • • Melhora a capacidade de administrar a própria vida tanto na esfera pessoal como na social (comunidade, trabalho, etc.).
  • • Melhora a qualidade de vida, com o potencial de seguir saudável por mais tempo, o que pode gerar um impacto positivo na comunidade e na missão.

Predispõe a relações interpessoais saudáveis, tanto na esfera da convivência/comunidade como no trabalho.

Cuidar e investir tempo na construção de relacionamentos saudáveis, e ao menos com algumas pessoas, um relacionamento profundo, duradouro, de confiança.

Falando em relacionamento falamos em comunicação. Importante ter consciência de meu tipo predominante de comunicação:

  • • Passiva (a pessoa não expressa seus pensamentos, sentimentos, ideias)
  • • Agressiva (comum ser caracterizada por reações defensivas)
  • • Assertiva (expressa-se de forma gentil, aberta, direta e adequada, honesta, respeitando o outro e a si mesma).

Em que aspectos e como posso ser mais assertiva em minha comunicação com as pessoas de minhas relações de trabalho e convivência? E comigo mesma? No Encontro de hoje, fomos conduzidas a pensar, olhar para dentro, e ter a coragem de nos auto cuidar cada dia mais e gastar também tempo conosco, isso é vida, isso é amor próprio.

Para nós MSCS
O autocuidado é uma atitude de compromisso com a missão tão desafiadora e exigente que temos: “partilhar a alegria do anúncio do Evangelho com os migrantes e refugiados, coabitantes da Casa Comum, e caminhar juntos nas estradas do nosso tempo”.

Por isso, o autocuidado passa a ser não apenas uma forma de nos tratarmos com respeito, mas também uma responsabilidade pessoal, social e eclesial necessária para sermos “fecundas” segundo a vocação e o Carisma que abraçamos.

Muitas inquietações esse encontro nos trouxe, mexeu bastante com o grupo, foi gratificante.

Gratidão Ir. Luiza Dal Moro, por todas essas provocações que partilhastes conosco, pois você, também, busca seguir e viver o que fala, assim, nos aproximamos mais do Deus da vida e do amor por toda sua obra, o criador se realiza na sua criatura. Foi muito bom!

Por Ir. Carolina de França, Conselheira provincial – Referencial para a microrregião Pe. José Marchetti, com a colaboração da Equipe de Comunicação

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