A Organização Internacional para as Migrações afirma, ainda, que os números podem ser muito maiores, devido a diversos fatores
De acordo com um relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 5 mil pessoas já morreram enquanto tentavam chegar à Europa desde o início de 2021. Ainda segundo o documento, pelo menos 29 mil pessoas morreram em rotas migratórias para e na Europa desde 2014.
No total, foram registradas 5.684 mortes, sendo 2.836 apenas no Mediterrâneo Central, onde os números de mortes ou desaparecimentos tem crescido. De acordo com a OIM, o aumento foi de cerca de 25% em comparação ao período de 2019 e 2020, quando foram registradas 2.262 mortes nessa região.
Na rota do Atlântico, que contempla as migrações do oeste da África até as Ilhas Canárias, pelo menos 1.532 mortes foram registradas até 24 de outubro, um número maior do que qualquer outro período de 2 anos desde que a OIM começou a documentar as mortes de migrantes rumo à Europa, em 2014.
A OIM ressalta, ainda, que os dados nessas duas grandes rotas podem estar incompletos, devido aos chamados “naufrágios invisíveis”, quando um barco e seus tripulantes desaparecem sem qualquer tipo de operação de busca e salvamento em andamento.
O relatório ainda afirma que, segundo relatos de sobreviventes, pelo menos 252 pessoas morreram durante expulsões forçadas por autoridades da União Europeia desde 2021. A organização afirma que as mortes foram relatadas no Mediterrâneo Central, Oriental e Ocidental, na fronteira terrestre turco-grega, e na fronteira de Belarus com a Polônia. Além disso, a OIM informa que esses números provavelmente são muito menores do que o número real de mortes, as quais “são quase impossíveis de verificar completamente, devido à falta de transparência.”
Pelo menos 17.000 pessoas que perderam a vida em rotas migratórias na Europa estão listadas sem informações de nacionalidade, algo que é considerado pela OIM como fator fundamental para lançar luz sobre a busca não resolvida de muitas pessoas por parentes desaparecidos durante viagens migratórias.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual