Segundo dados do Serviço Nacional de Migração (SNM) do Panamá, um total de 302.203 migrantes cruzaram a selva do Estreito de Darién, entre o Panamá e a Colômbia, durante o ano de 2024. O número representa uma queda de cerca de 41% em comparação ao observado em 2023.
Do total de migrantes realizando a travessia do Darién em 2024, pelo menos 209.897 eram da Venezuela, seguidos pelos migrantes da Colômbia (17.529), Equador (16.576), China (12.398) e Haiti (11.954). Os dados do SNM apontam que, do total de registros, pelo menos 237.439 eram adultos e 64.764 eram menores.
De acordo com o projeto Migrantes Desaparecidos, da Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 174 migrantes morreram ou desapareceram no Darién em 2024, de um total de 538 mortes ou desaparecimentos na região desde 2014.
Os números mostram uma queda de cerca de 41% nas travessias em relação ao ano de 2023, quando 520.085 migrantes cruzaram o Darién. Naquele ano, 406.905 adultos e 113.180 menores atravessaram a selva.
Em 2023, as principais nacionalidades registradas foram os venezuelanos (328.650), equatorianos (57.250), haitianos (46.422), chineses (25.565), e colombianos (18.841). Durante o ano, o Panamá chegou a registrar um total de 81.946 travessias mensais em agosto, o maior número já registrado na região.
A Selva de Darién é conhecida como uma das mais perigosas do mundo devido aos perigos naturais, que incluem a mata tropical, animais selvagens, montanhas e rios, mas, também, a atuação de grupos criminosos, conhecidos por cometer diversos atos de violência, como roubos e tráfico de pessoas.
Por Amanda Almeida, do Serviço de Comunicação