Mesmo no contexto da pandemia, o Rio Grande do Sul continua sendo o destino de um número expressivo de migrantes. Conforme os últimos dados oficiais, a Polícia Federal registra a existência de 90 mil imigrantes no Estado. Os grandes desafios para as entidades que atuam na área migratória são: a acolhida e a integração no mercado de trabalho e nas comunidades locais. A maior parte das ações estão sendo realizadas pelas entidades da sociedade civil, que com a 37ª Semana do Migrante busca “Escutar com Sabedoria e Ensinar com a Prática”.
Um dos exemplos é o que aconteceu no último final de semana. Um grupo de oito venezuelanos chegou à Estação Rodoviária vindo de Cuiabá, sem ter qualquer referência em Porto Alegre e sem um destino previsto. O escritório de Acolhida e Orientação do Migrante das Irmãs Scalabrinianas situado na Rodoviária fez o primeiro acolhimento. Para efetivar a acolhida, a proteção, a promoção e a integração dos migrantes, ativou a rede de entidades e organizações como o Mensageiro da Caridade, a Cruz Vermelha, a Associação dos Migrantes Angolanos entre outros, que graças à dedicação e solidariedade, promoveram uma ação emergencial de acolhida.
Com o reduzido recurso que possui, o grupo conseguiu locar um imóvel no bairro Bom Jesus/POA. O Mensageiro da Caridade repassou utensílios domésticos, roupas de cama, colchões, fogão, guarda-roupas, camas, armários e sofá, com a Paróquia Nossa Senhora da Piedade juntou-se uma cesta básica para garantir a alimentação nos primeiros dias. Acreditamos que essa ação em rede é a expressão da integração das organizações que se dedicam a desenvolver uma relação de cuidado dos migrantes. Infelizmente, as pessoas são encaminhadas de um lugar para outro, sem qualquer organização e atenção dos gestores públicos para garantir os direitos dos migrantes. Nossa articulação está fazendo a verdadeira política pública para assegurar acolhimento e integração.
Da Equipe de Comunicação Virtual com a colaboração da Irmã Jakeline Danette