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“Voz levantada em defesa da vida humana”, afirma Santa Sé sobre reações a fala de Francisco

A Santa Sé emitiu um comunicado em resposta às recentes polêmicas sobre as palavras de Francisco na Audiência geral de 24 de agosto

Um comunicado emitido pela Santa Sé nesta terça-feira, 30, responde às polêmicas que surgiram após as palavras de Francisco na Audiência Geral de quarta-feira, 24, quando falou sobre o atentado na Rússia no qual perdeu a vida a filha de Dughin. No texto, a Santa Sé reafirma as constantes falas de Francisco em prol da paz e solidariedade com o povo ucraniano.

“Penso naquela pobre jovem, em Moscovo, que foi para o ar por causa de uma bomba que estava debaixo do assento do carro”, disse o Papa Francisco durante a Audiência Geral do dia 24. A fala despertou reações polêmicas no âmbito político e institucional da Ucrânia, às quais hoje a Santa Sé responde que a fala do pontífice deve ser entendida como uma voz que defende a vida, não como posição política.

A declaração da Santa Sé afirma que, durante a guerra na Ucrânia, que já dura seis meses, “são várias as intervenções do Santo Padre Francisco e seus colaboradores a este respeito”, com o objetivo de promover a solidariedade e a paz.

O comunicado divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé ressalta que, “em mais de uma ocasião, assim como nos últimos dias, surgiram discussões públicas sobre o significado político a ser atribuído a essas intervenções. Nesse sentido, reitera-se que as palavras do Santo Padre sobre esta questão dramática devem ser lidas como uma voz levantada em defesa da vida humana e dos valores ligados a ela, e não como posição política.”

“Quanto à guerra em larga escala na Ucrânia, iniciada pela Federação Russa, as intervenções do Santo Padre Francisco são claras e unívocas em condená-la como moralmente injusta, inaceitável, bárbara, insensata, repugnante e sacriléga”, conclui o comunicado da Santa Sé.

A guerra na Ucrânia, que foi iniciada em 24 de fevereiro, já fez mais de 6.8 milhões de refugiados em toda a Europa, de acordo com a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR). Ainda segundo a ONU, pelo menos 13 mil civis já teriam morrido em decorrência dos ataques.

Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação Virtual

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