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130 anos em entrevista: educação e missão no Colégio São José

No ano em que celebramos os 130 anos da fundação da Congregação das Irmãs Scalabrinianas e da chegada de Madre Assunta Marchetti ao Brasil, traremos uma série de entrevistas para conhecer a realidade da missão das Scalabrinianas na Província Maria, Mãe dos Migrantes.

As Scalabrinianas iniciaram sua missão na educação em Santo André/SP no ano de 1957, com a Casa da Criança, que atendia da 1ª à 4ª série. Em 1962, já com o dobro de alunos, a Casa da Criança foi transferida para o SESI. Em 1972, passou a se chamar “Casa da Criança São José” e, em 1974, foi autorizado oficialmente o funcionamento da 5ª à 8ª série.

Em 1981, recebeu a denominação de “Colégio São José” e, em 1987, mudou-se para o atual endereço. Em 2024, o colégio completou 80 anos e tinha 1.223 alunos. A celebração e homenagem aos 80 anos foi realizada pela Câmara Municipal de Santo André, pela presença da Educação Scalabriniana no município e por proporcionar uma educação de excelência pautada nos valores cristãos.

Para conhecer melhor a missão do ESI Colégio São José, de Santo André/SP, confira a entrevista do Serviço de Comunicação com a Ir. Jucelaine Aparecida Soares, que atua como tesoureira no colégio.

Qual sua principal atividade no colégio?

Ir. Jucelaine Soares: Atualmente estou como tesoureira, especificamente no setor administrativo. Minha responsabilidade abrange a gestão financeira e o cuidado com os colaboradores, alunos e a infraestrutura física da Instituição.

Celebração em ação de graças pelos 80 anos do Colégio São José

Como é o dia a dia do trabalho no colégio?

Ir. Jucelaine Soares: Meu dia-a-dia é um desabrochar da graça divina. Inicio com a oração comunitária, seguida do café da manhã. Por volta das 7h30, começo minhas atividades no colégio. Minha rotina inclui compras, pagamentos e reuniões em preparação a eventos, como a Festa Junina, a Festa da Família, atividades da JUVESC, projetos sobre migração com alunos, entre outros.

Também participo de atividades diretamente com os alunos, para partilhar sobre vocação, missão com os migrantes e o nosso carisma. Ao final do dia temos mais um momento de oração em comunidade, antes da preparação para o repouso.

Com qual público principal a senhora trabalha?

Ir. Jucelaine Soares: Trabalho com toda a comunidade escolar, envolvendo pais, alunos, funcionários e fornecedores.

Quais são os principais desafios e alegrias encontrados em sua missão?

Ir. Jucelaine Soares: Destaco, em primeiro lugar, a alegria de testemunhar Jesus Peregrino a todas as pessoas que encontro e com quem trabalho ao longo do dia. Os desafios e imprevistos em um colégio são muitos, mas a luz do Espírito Santo me ilumina.

Em muitos momentos, sinto a presença divina me conduzindo, pois a missão não é nossa, é de Jesus. Essa experiência de Deus diante dos desafios me dá a certeza de que não sou eu quem realiza a missão, mas sim Ele. Sou apenas um instrumento.

Celebração Eucarística dos 9º anos

Como a espiritualidade scalabriniana se reflete no seu trabalho cotidiano no colégio?

Ir. Jucelaine Soares: Nossa espiritualidade me conduz a caminhar na fé e na esperança, pois há um propósito maior: testemunhar o amor e a alegria de Cristo, buscando viver a vontade de Deus na missão em que estou.

O artigo 15 das Constituições afirma que “a vida consagrada, dom do Espírito Santo à Igreja para o mundo, requer doação total a serviço do Reino”. Como dizia a Bem-Aventurada Assunta Marchetti: “Sorri-nos uma grande esperança.”

Há algum momento ou história que tenha marcado sua trajetória?

Ir. Jucelaine Soares: Sim, lembro com emoção de quando acolhemos uma aluna com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ao longo do ano, ela progrediu e, no projeto de encerramento, conseguiu se apresentar junto com os colegas. Foi uma grande emoção! Os desafios na educação são muitos, mas momentos como esse nos mostram que há esperança de um mundo mais fraterno.

Quais são os maiores frutos do seu trabalho na missão da educação?

Ir. Jucelaine Soares: O maior fruto de nosso trabalho é oferecer uma educação de qualidade, que une conhecimento e valores cristãos. Acreditamos que o divino habita o ser humano em sua integridade, e ao proporcionarmos esses frutos do bem, contribuímos para a formação de cidadãos que se preocupam não só consigo mesmos, mas também com os mais necessitados.

Outro momento de grande valor foi a celebração dos 80 anos da educação Scalabriniana em Santo André. Ao pesquisar a história do colégio, pude beber da fonte do nosso início, entendendo os desafios e as conquistas das Irmãs que começaram essa missão.

Sou muito grata por fazer parte dessa história e por doar um pouco dos meus dons para dar continuidade a essa obra. A missão não é nossa, é da Igreja Peregrina, é de Jesus, e nesse momento, cabe a mim dar o meu melhor.

O que significa para a senhora viver os 130 anos da fundação da Congregação em sua missão?

Ir. Jucelaine Soares: Celebrar os 130 anos é contemplar nosso carisma e honrar as muitas Irmãs que doaram e continuam a doar suas vidas em prol dos migrantes e refugiados nas diversas missões.

É celebrar com gratidão o carisma que nos interpela a viver a acolhida e a solidariedade, sendo ‘migrante com os migrantes’. Finalizo com a frase de Scalabrini: “Para o migrante, a pátria é a terra que lhe dá o pão.”

Do Serviço de Comunicação

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