No mesmo período, mais de 1.900 migrantes morreram ou desapareceram na região
De acordo com a Agência Europeia de Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), de janeiro a junho a rota migratória do Mediterrâneo Central correspondeu a mais da metade das detecções de migrantes irregulares nas fronteiras da União Europeia. Mais de 132 mil pessoas cruzaram as fronteiras irregularmente da UE no primeiro semestre de 2023.
Segundo a Frontex, de janeiro a junho, cerca de 65.600 pessoas foram detectadas na rota do Mediterrâneo Central, o maior número registrado na região nesse período desde 2017 e um aumento de quase 140% em comparação com o mesmo período de 2022. “Essa rota representa uma em cada duas entradas irregulares na UE”, afirmou a Frontex em nota.
Segundo os dados divulgados, as principais nacionalidades registradas na rota do Mediterrâneo Central, a mais ativa na região, são Costa do Marfim, Egito e Guiné.
De acordo com os dados da Agência, todas as outras rotas migratórias sofreram quedas nos números em relação a 2022, variando de 6% no Mediterrâneo Ocidental a 34% no Mediterrâneo Oriental.
A rota dos Balcãs Ocidentais, a segunda mais ativa na região, com 39.580 detecções, observou uma queda de 29%, em comparação com o mesmo período de 2022. Nessa rota, as nacionalidades mais comuns são sírios, afegãos e turcos, segundo a Frontex.
Dados do projeto Missing Migrants, da Organização Internacional para as Migrações (OIM), registram que pelo menos 1.916 migrantes morreram ou desapareceram enquanto tentavam cruzar as rotas do Mediterrâneo desde o início de 2023. Na rota dos Balcãs, 31 mortes ou desaparecimentos foram registrados desde janeiro.
Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação