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4 de novembro: Dia de São Carlos Borromeo, padroeiro das Scalabrinianas

“A vela para iluminar os outros deve ser queimada. É isso que temos de fazer; consumir-nos para santificar os outros”

São Carlos Borromeo

Neste dia 4 de novembro, celebramos a Festa de São Carlos Borromeo, padroeiro da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas. Ele nasceu em Arona, em 1538, em uma família nobre e renunciou à riqueza desde jovem para se dedicar à vida sacerdotal.

Por sua grande compaixão e preocupação com as pessoas, em especial os mais pobres e doentes, São João Batista Scalabrini o escolheu como padroeiro das Congregações dos Missionários de São Carlos e das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo.

São Carlos era sobrinho do Papa Pio IV, que, sabendo de suas capacidades intelectuais e de seus dons de bondade e seriedade, lhe confiou importantes tarefas a realizar na “Cúria Romana”. Foi ordenado sacerdote e bispo em 1563 e nomeado Arcebispo de Milão em 12 de maio de 1564, aos 27 anos, com a obrigação de permanecer em Roma a serviço do Sumo Pontífice.

O que ele considerava de maior importância era anunciar o Evangelho para aumentar a alegria de ser filhos fiéis a Deus; ele dizia “Ai de mim se eu não pregar o Evangelho”, a exemplo de São Paulo. Entre suas diversas obras, estão: o Instituto “Santa Sofia” para crianças abandonadas e órfãs; a fundação de seminários; foi um dos compiladores do “Catecismo Romano” do Concílio de Trento, entre outras atividades.

Mas foi durante a epidemia da “Peste Italiana” em Milão, onde ele era Arcebispo, que sua vida se imortalizou. Fugindo da doença, os nobres e governantes abandonaram a cidade entre 1576 e 1577. Nessa época, pelo menos 60 mil pessoas morreram e as que restaram ficaram empobrecidas.

Compadecido da situação dos fiéis, São Carlos visitava os doentes, lavava suas feridas, lhes dava os Sacramentos e os consolava. Ele organizou os religiosos para alimentar a população em uma iniciativa custeada pelo cardeal, que alimentava 60 mil pessoas diariamente. Além disso, ele utilizou todos os seus bens para construir abrigos e hospitais para os pobres e, tendo acabado seus recursos, ele mesmo pedia esmolas para os pobres.

Encontrou diferentes estratégias e caminhos para tornar mais viva e profunda a fé do povo que lhe foi confiado, em especial quando era proibido ao povo sair de suas casas para se reunir nas igrejas, por causa do perigo da peste. Nessa época, mandou construir 19 colunas com cruzes no topo, para permitir que os habitantes participassem das missas e celebrações públicas de suas casas; Sete vezes durante o dia e sete durante a noite ele tocava os sinos para encorajar as pessoas a orar e se lembrar de Deus.

Toda sua doação ao povo de Milão consumiu suas forças, ocasionando febres altas que o debilitaram muito, fazendo com que sua atuação após a epidemia fosse mais restrita. Alguns anos mais tarde, São Carlos faleceu com apenas quarenta e seis anos de idade, no dia 3 de novembro de 1584. Foi canonizado pelo Papa Paulo V em 1610.

Por Amanda Almeida, da Equipe de Comunicação

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